De origem ainda desconhecida, as manchas de óleo que contaminam parte do litoral nordestino, provocam um debate intenso em Alagoas.
Na oposição, o deputado estadual Davi Maia (DEM), presidiu nesta segunda-feira (21), uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas e defendeu que o Estado decretasse situação de emergência ambiental.
O governo, representado na sessão pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fernando Pereira, avalia que não há necessidade do decreto – no momento.
O próprio governador descartou a medida: “muita gente nos visita, os moradores também vão à praia, e não há impeditivo no momento. Nas áreas com manchas, há equipes capacitadas fazendo o recolhimento do óleo. É importante identificar de onde vem, mas, neste momento, não acho conveniente decretar emergência quando 90% do litoral não têm sinal de óleo”, declarou.
Com posição mais ao centro, o deputado estadual Davi Davino Filho (PP) defendeu o aprofundamento do debate e recomendou que, se necessário, os municípios afetados decretem emergência ambiental – assim como fez Coruripe, na semana passada. Segundo o parlamentar, decretar emergência num Estado como o nosso, que já é pobre e depende muito do turismo, pode ter repercussão negativa. “A a gente precisa ter um debate mais amplo, para que a decisão seja profunda, muito técnica, que seja ouvido cada setor, cada um dos envolvidos”, disse.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, também está preocupado com os efeitos de um possível decreto. “Neste momento considero que seria prejudicial. Pode prejudicar o turismo, a reação de empregos. Acredito que só atenderia quem quer transformar o caso num ‘novo Pinheiro’”, afirmou.
Segundo Brito, o decreto se tornaria desnecessário porque no momento não há falta de recursos para a limpeza das praias. “O que falta é o governo federal identificar a origem e descobrir se existe o risco de chegar mais óleo nas nossas praias”, ponderou.
No momento, segundo a Marinha, as manchas de óleo se concentram no Estado de Pernambuco.
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Redação com Blog do Edivaldo Júnior