Após as primeiras medidas do governo de Jair Bolsonaro, no início de 2019, o secretário da Fazenda de Alagoas passou a prever um “ano duro” para a economia. Mês após mês, o desempenho da principal receita estadual de Alagoas – o ICMS – tem sinalizado para um crescimento tímido, se comparado com anos anteriores.
No primeiro mês deste ano foram arrecadados R$ 386 milhões, em crescimento de apenas 3,73%, ligeiramente abaixo da inflação acumulada do ano passado (3,75%).
Em fevereiro, a receita foi de R$ 343,9 milhões com variação nominal de 1,03% (queda real se comparado com a inflação).
O alívio veio em março quando a Secretaria da Fazenda conseguiu o melhor desempenho do ano. Foram arrecadados 332,9 milhões, com variação de 9,73% na comparação com o mesmo mês de 2018 (R$ 303,3 milhões).
Em abril, a arrecadação de ICMS chegou a R$ 322,8 milhões, em crescimento nominal de 3,32% em relação ao mesmo mês de 2018 (R$ 312,5 milhões).
O desempenho no mês passado, pela terceira vez no ano, ficou abaixo da inflação. O IPCA acumulado em 12 meses (tendo março como referência), é de 4,58%.
No acumulado do ano, a receita de ICMS chega a R$ 1,386 bilhão, em alta de 4,31% na comparação com os quatro três meses de 2018 quando foram arrecadados R$ 1,312 bilhão. Nesse cálculo, a receita de ICMS ficou ligeiramente abaixo a inflação graças, principalmente, ao bom desempenho de março.
A expectativa da Sefaz-AL é conseguir um aumento nominal da receita entre 8% e 10%. Abaixo disso o governo deve ter dificuldades para manter planos de investimentos ou de realizar novos concursos.
Tanque vazio
No geral praticamente todos os setores da economia alagoana responderam bem em abril. A exceção ficou justamente com um dos segmentos que tem maior peso no bolo tributário do Estado.
“Os setores responderam bem com exceção do setor de combustíveis. A princípio temos duas grandes distribuidoras com equipamentos em manutenção nos próximos meses. Com reflexo na arrecadação”, aponta o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro.
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