presidente da Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, repercutiu, após questionamento da reportagem da Tribuna Independente, o debate sobre privatização parcial da companhia levantado pelo novo secretário de Estado da Infraestrutura, Maurício Quintella.
Clécio garantiu que não haverá privatização da Casal e sim uma parceria público-privada (PPP). “O governo estadual, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e a Casal estamos alinhados. Nunca foi colocado sobre a mesa de conversa o termo privatização, mas sim de investimentos para que seja realizada a universalização do fornecimento de água e tratamento de esgoto”, destacou o presidente da companhia.
Falcão confirmou que a Casal não tem capacidade financeira para fazer uma série de investimentos que são altos, e por isso, a solução encontrada é uma PPP.
“Nós tivemos superávit nos três últimos anos, mas para fazer esse investimento na universalização da água, levaríamos anos e a chegada desta parceria é para ampliar as ofertas de serviços oferecidos pela Casal”, afirmou.
De acordo com Clécio Falcão, a parceria público-privada consiste em mudar parte das atividades. Ou seja, a Casal abriria mão de alguns serviços e fortaleceria outros. “A gestão e a fiscalização destes contratos será de responsabilidade Casal. Não há interesse do governo em privatizar a empresa”, explicou.
Quanto ao aumento de tarifa, Clécio disse que a população não terá prejuízos porque a ideia é manter o subsídio cruzado, que é a compensação das localidades que tem superávit para aquelas que não tem. Por isso, se consegue manter uma cobrança universal em todo Estado. “A população pode ficar tranquila porque o subsídio cruzado é importantíssimo e não vamos mexer nele”, informou Falcão.
CONTRÁRIOS
O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas e o Fórum Estadual de Defesa do Saneamento se mostram contrários a uma proposta em que os serviços da Casal passem por um processo de privatização. Tanto os Urbanitários quanto o Fórum entendem que ao privatizar uma empresa do estado, quem perde é o consumidor e os trabalhadores.
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