Se a eleição fosse hoje, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) seria o candidato mais bem votado entre os nomes presentes nas simulações de primeiro turno que desconsideram a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estaria no segundo turno.
De acordo com os cenários estimulados testados pela pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 2 e 4 de julho, o parlamentar tem entre 21% e 23% das intenções de voto na ausência do petista, oscilando 1 ponto percentual para cima em em todas as simulações, dentro da margem de erro, de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
A pesquisa também mostrou que a televisão ainda será o meio com maior influência sobre a decisão de voto dos eleitores.
Com os resultados apresentados, não seria possível cravar quem seria seu adversário se a decisão ocorresse hoje.
No cenário mais indenido e que possivelmente melhor projeta a largada da corrida presidencial, cinco candidatos aparecem tecnicamente empatados: Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos) e Fernando Haddad (PT), mediante apoio de Lula.
O petista salta do patamar de 2% das intenções de voto para 11% com a simples inclusão da informação de que seria o nome apoiado por Lula, em um exercício que testa o poder de transferência de votos do ex-presidente.
As oscilações apresentadas estão dentro da margem máxima de erro quando comparadas aos resultados das últimas quatro semanas.
Este é o comunicado da XP/Ipespe:
Boa tarde,
Realizamos uma sondagem com 146 investidores institucionais sobre eleições e mercados entre os dias 02 e 03 de julho. Com as discussões cada vez mais intensas, buscamos entender quais cenários, para bolsa, juros e dólar, seriam os mais prováveis em caso de vitória de determinados candidatos.
Seguem os principais destaques:
• 49% dos respondentes acreditam que Jair Bolsonaro será o vencedor da eleição presidencial;
• O cenário de segundo turno mais apontado é entre Bolsonaro e Marina Silva (32%);
• 62% acreditam em uma alta no Ibovespa em caso de vitória de Bolsonaro, 49% enxergam uma apreciação do câmbio, e 58% colocam uma Selic acima de 8% no final de 2019 ;
• Investidores enxergam uma vitória de Alckmin como a única que resultaria na aprovação de uma Reforma da Previdência e uma Reforma Tributária. Também provocaria uma melhora do Ibovespa para 95% dos respondentes e um câmbio abaixo de R$3,40 para 84%;
• Cenários de Fernando Haddad e Ciro Gomes foram apontados como desfechos negativos para o Ibovespa, e investidores apontam que a Reforma Trabalhista e o Teto de Gastos seriam modificados em caso de vitória de um deles.
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