O governo de Michel Temer ainda não desistiu de privatizar a Eletrobras. O novo presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior (foto), não descarta a privatização para este ano ainda. Apesar da retirada de pauta da MP 814, que abre caminho para a venda da companhia, na noite de terça-feira, (22), ele disse que está otimista com alternativas para apresentação de um novo texto para tratar, especificamente, da negociação das distribuidoras da empresa, que permitiriam a privatização.
Wilson Ferreira Jr também disse que espera “que as distribuidoras sejam privatizadas até 31 de julho, data em que termina o período de designação”.
A Eletrobras Alagoas é um das distribuidoras controladas pelo governo federal – a Eletrobras não é mais a controlada das empresas, mas é responsável pelas operações, que atuam no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Piauí e Alagoas, até que o governo possa licitá-las.
Apesar do prazo, não há ainda data fixada para o leilão de venda das distribuidoras, explica Ferreira Junior: “Na verdade, estamos aguardando, como todos os demais, as contribuições do Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse em audiência pública na Câmara dos Deputados, ao explicar que o órgão pediu mais prazo para analisar o edital das distribuidoras.
“Essas contribuições do TCU obviamente vão ser consideradas pelos ministérios, BNDES e Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). E a partir daí, ao serem incorporadas, vamos lançar o edital e, na sequência, temos mais ou menos um mês ou 40 dias para que se possa realizar o certame”, disse o presidente da Eletrobras.
Wilson Ferreira Jr. espera que privatização seja realizada antes da data de 31 de julho, mas reconheceu que o período pode ter que ser estendido. “Estamos imaginando que, do momento da privatização até o final do processo, precisamos de mais 90 dias”, afirmou, destacando que o leilão pode ser realizado em qualquer momento. “Temos autorização para operar as distribuidoras até 31 de julho. Minha esperança é que isso vai ocorrer antes desse período fatal.”
Ele destacou que a aprovação da Medida Provisória 814/2017 é importante para a Eletrobras, pois o texto reconhece a existência de créditos que a holding aceitou “subir” para privatizar as subsidiárias. Mas, segundo ele, isso não afeta o leilão em si. “Os créditos são importantes para a Eletrobras.”
Eletrobras espera alternativas para privatização até o fim do ano
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, não descarta a privatização da Eletrobras para este ano ainda. Apesar da retirada de pauta da MP 814, que abre caminho para a venda da companhia, na noite de ontem (22), ele disse que está otimista com alternativas para apresentação de um novo texto para tratar, especificamente, da negociação das distribuidoras da empresa, que permitiriam a privatização.
Segundo Wilson Ferreira Júnior, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acenou com propostas para este tipo de discussão. Para Ferreira Junior, a MP estava muito abrangente com as emendas incluídas ao texto original. “A MP ficou com mais conteúdo do que a que foi idealizada. Há uma ação que será desenvolvida por eles [parlamentares] no sentido de resgatar isso. Estou confiante”, disse o presidente, ao participar hoje (23) do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no centro do Rio de Janeiro.
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