Renan Filho tem conseguido com muita habilidade ampliar a base de apoio do governo. Depois de assegurar ampla maioria na Assembleia Legislativa, o governador vem cuidando de engrossar as fileiras do seu grupo com a chegada de prefeitos que pertenciam – ou ainda pertencem – a grupos de oposição.
O governador atraiu prefeitos que eram da “oposição”. Na lista, o grupo da família Pereira, com três prefeituras, Renato Filho (Pilar) e Júlio Cezar (Palmeira dos Índios), além dos prefeitos de Colônia Leopoldina (Manuilson Andrade), Porto Real do Colégio (Aldo Popular) e Feira Grande (Flávio Rangel).
A aproximação de Renan Filho de prefeitos que estavam – ou ainda estão – na “oposição”, entretanto tem sido acompanhada com certa inquietação pela turma de “dentro de casa”.
Antigos aliados dos Calheiros reclamam que o governador tem tratado a pão de ló os “contra” e deixado os amigos à pão e água.
Tem gente que garante que é exagero. Mas o prefeito de um pequeno município do sertão confidenciou ao blog que já cansou de ouvir promessas: “não adianta prometer somente. Quem já é aliado antigo não tem recebido nada, enquanto o governador tem ajudado mais os prefeitos que eram da oposição. Se continuar assim, posso até votar nele em 2018, mas não vou fazer nenhum esforço”, avisa.
Segundo o prefeito da cidade sertaneja, a “atenção” do governo para cidades como Pilar, Palmeira dos Índios, Junqueiro, Teotônio Vilela e Campo alegre, que são governadas por prefeitos que eram da oposição, são bem maiores do que para aliados de primeira hora: “é só você comparar e ver que nos últimos meses o governador tem atendido mais esses novos prefeitos que estão entrando agora para a base”, aponta.
O prefeito acredita que alguém precisa alertar o governador: “já tem muita gente do grupo assumindo compromisso com candidatos ao Senado e para deputado federal do outro lado. Sem um bom diálogo, a situação só tende a piorar”, avisa.
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Edivaldo Júnior
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