Enquanto violência “explode” em Pernambuco, AL deve fechar julho com o menor número de homicídios desde 2012

Enquanto violência “explode” em Pernambuco, AL deve fechar julho com o menor número de homicídios desde 2012

Lançada em 20 de março deste ano, a Força Tarefa chega a quatro meses com um resultado inesperado e rápido: a redução acentuada no número de homicídios registrados em Alagoas.

Registrei aqui, recentemente, que a média de Crimes Violentos Letais e Intencionais em Alagoas caiu logo no primeiro mês de operação. Depois de fechar janeiro com 2006 CVLI, fevereiro com 200 e março com 199, em abril os registros caíram para 168, despencando para 125 em maio (menor número de homicídios num mês em anos) e 133 em junho.

Foram 605 crimes no 1o trimestre do ano e 426 no 2o trimestre, uma queda de 30% comparando um período com o outro.

As estatísticas apontam que em julho os resultados serão ainda melhores. Os números preliminares da SSP apontam para 101 ocorrências até esta segunda-feira, 31. Este é, até agora, o menor número de CLVI registrados, desde que as atuais estatísticas começaram a ser feitas, em 2012.

Salvo ocorrências inesperadas no decorrer do dia, julho de 2017 deve registrar redução de mais de 39% no número de homicídios, se comparado com igual mês do ano anterior.

É um importante avanço, ainda mais se for levada em conta a situação do resto do país. No estado “vizinho”, assim como no Rio de Janeiro, a violência explodiu. Pernambuco, que vivia há pouco tempo situação bem melhor que Alagoas, por exemplo, registrou 65 homicídios em apenas 72 horas – quase uma morte por hora.

Apesar do avanço, o que se espera é que o governo não pare por aí. O programa Força Tarefa mostra que o Estado pode melhorar indicadores, investindo mais no policiamento ostensivo e na prevenção. É um longo caminho a ser percorrido.

A Força Tarefa não foi, óbvio, responsável unicamente pela redução da violência, mas teve papel fundamental. Isso porque o governo mudou de estratégia no enfrentamento da criminalidade. Entre as ações, o aumento do policiamento ostensivo, o uso da inteligência e a integração de ação entre todas as forças de segurança.

Edivaldo Júnior

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Redação

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