A escassez de chuvas sentida nos últimos meses na região canavieira de Alagoas e principalmente a falta de investimentos para a renovação dos canaviais deram origem a uma expectativa nada otimista para o setor sucroenergético quanto ao desfecho da safra 16/17.
De acordo com o presidente da Asplana, Edgar Filho, o ciclo atual, na melhor das hipóteses, deve repetir os números da moagem passada, beneficiando apenas 16 milhões de toneladas de cana. “Vale ressaltar que essa previsão de repetição de safra é defendida pelos mais otimistas, lembrando que o ciclo 15/16 foi um dos piores da história do setor canavieira em Alagoas”, alertou Edgar Filho.
Segundo o representante dos fornecedores de cana do Estado, até o dia 30/12, as usinas haviam processado 11 milhões de toneladas de cana. Enquanto isso, no mesmo período da moagem anterior, haviam sido processadas pouco mais de 10 milhões de toneladas.
Para o presidente da Asplana, sem dinheiro para aplicar no canavial, os fornecedores não tiveram como renovar a plantação e realizar os tratos culturais, essenciais para o desenvolvimento da lavoura.
“Com isso, os produtores rurais só tiveram condições de moer praticamente a mesma coisa do ciclo passado ou até menos. Se as usinas tivessem pago os fornecedores na época certa, a situação teria sido bem diferente. Hoje, teríamos uma safra de recuperação”, alertou Edgar Filho.
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