É caminho sem volta. A privatização da Eletrobras Alagoas, a “Ceal” deve acontecer antes do final de 2017. A informação é do diretor-presidente da estatal, Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti.
O processo está, agora, na fase de levantamento de informações. A precificação acontece até o meio deste ano. O passo seguinte será o lançamento de edital para a venda da empresa.
“Estamos na fase final desta etapa de levantamento de dados. Todas as informações serão repassadas ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), responsável pela condução desta etapa. Em seguida, serão contratadas empresas para fazer a avaliação final, o que deve ocorrer até o final de junho ou julho deste ano”, explica Vladimir de Abreu.
E quanto vale a Ceal? Não é uma conta simples, avisa o presidente da estatal: “a avalição não vai levar apenas em conta os ativos da empresa. O que será feito é uma projeção de fluxo de caixa nos próximos 30 anos e a partir daí, descontado o valor da dívida, devemos encontra o preço de mercado”, aponta.
Atualmente, a dívida da Eletrobras Alagoas é estimada em R$ 1,5 bilhão. O comprador fica com a dívida e paga a diferença.
Quanto ao processo de desligamento dos atuais servidores da estatal, que ocorrerá, forçosamente com a privatização, Vladimir de Abreu revela que a companhia chegou a estudar o lançamento de um plano de demissão voluntária, mas faltaram recursos. “Esta questão será tratada no momento oportuno”, pondera.
Balanço positivo
Apesar da crise, Vladimir assegura que a Eletrobras Alagoas fechou 2016 em situação bem melhor do que nos anos anteriores. “Conseguimos a maior redução do país no indicador DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), que até 2015 era de 31 horas e encerramos 2016 com 21 horas. Outro fator positivo foi a redução da inadimplência. Até 2015 a adimplência era de 93%. Fechamos 2016 com 100%, talvez um pouco mais”, aponta.
A redução da inadimplência, segundo Vladimir, é resultado da operação “alicate”. Em 2016 a Eletrobras Alagoas realizou uma média mensal de 20 mil cortes de energia ante uma média de 7,5 mil cortes do ano anterior. Para este ano a expectativa é que os cortes girem em torno de 15 a 17 mil por mês.
O “reforço” nas operações de desligamento de energia em Alagoas começou em abril de 2016, quando a empresa registrara uma inadimplência acumulada de R$ R$ 163 milhões. “O corte de energia é um serviço complexo, de difícil execução, mas necessário. O Esforço deu resultados e fechamos o ano com uma expressiva redução na taxa de inadimplência”, aponta Vladimir.
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Jornal de Alagoas
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