m grande caminhada pelas ruas de Maceió está marcada para esta terça-feira,11, às 8h, em defesa do reconhecimento da vaquejada como prática esportiva. A Associação dos Vaqueiros do Brasil (AVAQ) e Associação Alagoana dos Criadores do Cavalo Quarto de Milha (ALQM) irão reunir associados, adeptos e admiradores do esporte da cultura nordestina para engajar a mobilização nacional que estará acontecendo, simultaneamente, em todas as capitais que a vaquejada é praticada.
A legitimidade da vaquejada está sendo reivindicada por criadores e atletas devido a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada na última quinta-feira,6, em considerar a prática ilegal após o julgamento da lei do Estado do Ceará de número 15.299/2013, que prevê a atividade como prática esportiva do vaqueiro nordestino. Por seis votos a cinco a Suprema Corte decidiu proibir a prática, a considerando ilegal.
Centenas de criadores, vaqueiros e líderes do setor seguirão em caminhada e cavalgada até o Palácio dos Palmares, no centro de Maceió, com objetivo de externar à população o apelo dos milhares de vaqueiros que encontram na atividade empregabilidade e renda. A concentração acontece às 7h no Dique Estrada.
Vaquejada legal
Nas redes sociais, o governador Renan Filho manisfestou-se a favor do movimento em defesa da legalidade e movimento vaquejada legal. “A vaquejada movimenta a economia com eventos de grande porte, cria empregos e reúne famílias inteiras. Vai daqui todo o nosso apoio aos defensores da vaquejada, para que o Poder Judiciário reconsidere e reconheça que o Nordeste e o Brasil têm direito de manter e preservar essa bela tradição. Contem comigo, heróis da vaquejada”, publicou Renan Filho em seu perfil no Facebook.
“Iremos levar nossa causa ao governador Renan Filho. Nosso esporte não pode ser penalizado com uma medida tão radical. Hoje, a vaquejada e suas instituições criaram mecanismos para assegurar o bem estar e saúde animal, com uso de equipamentos de proteção ao gado”, assegura o presidente da AVAQ, o criador alagoano Cícero Andrade.
Andrade também lembra da vaquejada como patrimônio do povo do Nordeste do Brasil. “A vaquejada é o patrimônio cultural do vaqueiro nordestino, gera milhares de empregos, movimenta a economia dos municípios e ainda movimenta o mercado interno da pecuária. Não podemos deixar nosso movimento esmorecer”, alertou Cícero Andrade.
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