O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL), através da Diretoria de Pesquisa e Inovação Tecnológica, realizará, nesta terça-feira (5), a colheita de 10 genótipos de palma forrageira que estão sendo avaliados na estação experimental do Instituto, em Santana do Ipanema, no sertão alagoano.
A pesquisa, desenvolvida em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA-PE) desde 2014, vai avaliar a diversificação de culturas de palma forrageira resistentes a pragas, doenças, altas temperaturas e à escassez de chuvas. Alagoas é o maior produtor de palma forrageira do país e a planta, que tem utilização para forragem animal, é essencial para o desenvolvimento da região da bacia leiteira.
De acordo com o pesquisador responsável pela estação experimental, Fernando Gomes, o objetivo com a pesquisa dos novos genótipos é garantir maior amplitude sobre o controle de pragas, principalmente à cochonilha do carmim e cochonilha de escama. “Nós não queremos perder toda a produção dessa cultura que é tão importante para a região, por conta do alastramento de uma praga. Por isso, é importante avaliar e desenvolver esses genótipos para saber quais deles são resistentes e podem ser inseridos na região, como uma alternativa segura para alimentação animal”, explicou Fernando Gomes.
Segundo ele, os materiais colhidos serão levados para o laboratório do IPA, em Pernambuco, onde serão realizados testes de análise bromatológica – que estuda seu valor alimentício e calórico, análise de matéria seca e matéria verde, além da avaliação sobre resistência a pragas, doenças e estresse hídrico (resistência à seca).
O resultado final sobre os genótipos deverão ser conhecidos em setembro deste ano. Mas o pesquisador aponta bons resultados a partir da avaliação diária realizada na estação. “Já há materiais promissores. A confirmação virá após a colheita e avaliação, mas há materiais que obtiveram sucesso”, garante Fernando Gomes.
Técnicos do IPA virão até Santana do Ipanema para participar da colheita e levar os materiais para o laboratório do Instituto. Além da unidade na estação experimental da Emater-AL, a pesquisa está sendo feita em outras duas unidades nas cidades pernambucanas de Arco Verde e São Bento do Una e tem contribuído para geração de informações no âmbito do melhoramento de plantas e, principalmente, no fornecimento de materiais para controle da Cochonilha do Carmim, praga que vem causando prejuízos à bovinocultura de leite da região semi-árida de Alagoas.
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Ascom Emater
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