O Índice de Confiança do Empresário (ICEC) de Maceió manteve-se estável em maio, conforme sinaliza o levantamento do Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). O patamar registrado em maio foi o mesmo de abril: 79,2 pontos.
Além de acompanhar as expectativas dos empresários, a pesquisa busca mensurar os níveis de estoques, de investimentos e a necessidade de contratação de novos funcionários, permitindo observar os momentos positivos ou negativos em relação à atividade econômica, segundo explica o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha. “Os empresários desse setor econômico são extremamente sensíveis às flutuações da demanda dos consumidores, de outros empresários e do governo. E como a qualquer tempo medidas econômicas podem ou não trazer mudanças bruscas, acarretando em vendas menores ou maiores, as expectativas acompanham esse movimentação, determinando um maior ou menor investimento, a depender de como o empresário interpreta o momento”, assevera.
Percentuais
Embora tenha alcançado a mesma pontuação de abril e, portanto, permanecido abaixo dos 100 pontos – o que demonstra uma visão pessimista sobre o cenário econômico – ocorreram pequenas mudanças na percepção do presente, do futuro em médio prazo e sobre as decisões de investimentos e contratação de funcionários.
O subindicador que avalia o momento atual da economia para o comércio apresentou uma pequena redução. Na prática, isso indica que mesmo em um mês como maio, com a incidência de uma demanda maior no Dia das Mães e com o advento do Dia dos Namorados e do São João, os empresários não venderam bem como em anos anteriores. “Apesar do aumento da demanda, que refletiu numa melhora da confiança do empresário, esta não foi suficiente para elevar a expectativa na economia, que ainda vive um momento de paralisação político-econômico”, analisa Rocha.
De acordo com os dados, as empresas do comércio passaram o mês mais confiante em suas condições atuais, saindo de 59.9 em abril para 61.6 em maio, o que representa uma elevação de 2,83%. Também houve elevação no subindicador das condições atuais do comércio em 2,93%; em parte em decorrência das vendas terem sido ligeiramente melhores, dando maior fôlego aos empresários. O que ainda pesa e cria expectativas negativas é a economia, que ainda não apresenta sinais claros de recuperação, seja da indústria, da construção civil ou das vendas no comércio.
Em relação às expetativas de médio prazo houve piora no indicador geral em 1,44%, mas uma leve melhora na expectativa do comércio. A explicação está no mês de junho e suas datas comemorativas que aumentam a demanda sobre produtos e serviços em geral em 1,1%. “O empresariado parece apostar numa maior demanda para o mês de junho, pois sinaliza uma retomada dos investimentos, havendo um aumento de 2,95% em relação ao mês imediatamente anterior. Com destaque para a intenção em relação à contratação de novos funcionários, que demonstrou um expressivo aumento de 12,93%; reflexo das expectativas de que a demanda para os próximos meses melhorará”, analisa o economista.
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Ascom Fecomércio/AL
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