As chuvas que chegaram ao território alagoano na última semana de maio, renovando as esperanças dos fornecedores de cana, devem perdurar pelos próximos três meses, segundo informou o meteorologista Luiz Carlos Molion.
De acordo previsões do pesquisador, para a região canavieira, principalmente na parte litorânea, deverão ocorrer precipitações pluviométricas excessivas que podem chegar até 30% acima da média prevista para a quadra chuvosa que vai de maio a agosto. Segundo ele, junho será o mês que terá maior índice pluviométrico.
“Nesta área, o inverno pode se prolongar até setembro. Não vejo problemas para a chuva na região canavieira do Estado”, afirmou Molion, prevendo que nos anos de 2017 e 2018 o quadro climático no Estado deverá ser de chuva em função do efeito da La Niña, que é o resfriamento das águas do pacífico e que tem a tendência de produzir mais chuvas para o Nordeste.
“Isso é uma informação boa. Mas o lado negativo é que estas chuvas não são regulares como o produtor rural gostaria. Mas não é esperada seca para a região canavieira nestes próximos dois anos”, reforçou o pesquisador.
Segundo ele, desde 2011 o Estado vem registrando chuvas abaixo do normal. “Em 2015 e 2016 ocorreu o efeito “El niño”, que é o aquecimento das águas do oceano pacífico e que muda a circulação atmosférica, provocando seca no Nordeste e excesso de água no sul”, destacou Molion, informando que o El niño chegou ao fim em maio passado para dar lugar ao La Niña.
—
Assessoria
Author Description
