Se fosse para decidir hoje, com os atuais números, os servidores do estado de Alagoas ficariam sem reajuste este ano. A equipe do governo de Renan Filho tenta ganhar tempo, a espera de “boas novas” na economia. Até lá, a ordem é resistir a pressão dos sindicatos, enfrentar as greves e lidar com a crise na mesa de negociação.
Mesmo com a mudança do governo federal o problema continua. O secretário George Santoro, apesar das informações privilegiadas, não consegue “enxergar” o horizonte da economia nem um mês á frente.
“Cada dia é uma nova surpresa. Do jeito que vai, não dá para fazer nenhuma previsão segura”, resume.
Diante das incertezas, George Santoro avisa que o governo de Alagoas seguirá fazendo o que pode para manter as contas em dia: “vamos contingenciar o Orçamento e continuar a buscar novos recursos, a exemplo da venda do Produban e cobrança do débito da federalização da Ceal”.
Nesse cenário, avisa o secretário, não dá para pensar em aumento de despesas com a folha de pagamento. “Estamos de novo sob pressão da LRF. O primeiro quadrimestre deste ano deve fechar com gastos de pessoal da ordem de 48,9% com pessoal, quando o teto máximo é de 49%. Além disso, o quadro de incertezas continua”.
A data base dos servidores do Estado é em maio, mas nada impede que em caso de um acordo saia mais a frente um reajuste retroativo, como ocorreu em 2015.
Altos e baixos
O secretário da Fazenda tem recebido informações promissoras do FPE. A expectativa é de variação positiva este mês, após queda registrada nos primeiros quatro meses do ano.
Em contrapartida, o ICMS que registrou alta nos primeiros meses de 2016, está caindo 10% este mês. “Considerando todas as fontes de receita do estado, a arrecadação está abaixo do esperado”, resume Santoro.
A esperança do Secretaria da Fazenda para aliviar o caixa do Estado está na renegociação da dívida com a União: “O ministro Romero Jucá sinalizou que apresentará uma boa proposta na próxima segunda-feira para os estados. Se o governo der carência de um ano, como pedimos, Alagoas terá alguma capacidade de investimento ainda este ano”.
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EJ
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