Com o fim do ciclo 15/16, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o quarto e último levantamento de safra. No documento, a região Nordeste aparece com uma redução na área cultivada de cana superior a 6%, além de amargar uma queda na produtividade de -13,2%.
O cenário de crise, agravado por falta de crédito e por conta do clima desfavorável, levou a uma quebra de safra de -18,7%, caindo de 55,6 milhões toneladas de cana moídas no ciclo 14/15 para 45,2 milhões toneladas em 15/16.
A redução na quantidade de cana esmagada foi sentida de forma mais enfática nos três principais Estados produtores do Nordeste. Segundo a Conab, em Alagoas a redução foi de – 27,8%; Pernambuco – 23% e na Paraíba de – 12%.
Nos demais Estados, onde a cultura da cana não ocupa grandes áreas cultivadas, também foi registrada queda na produção no Rio Grande do Norte com -8,2% e Sergipe com -3,2%. O levantamento aponta ainda que no Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará a produção se manteve acima do praticado no ciclo passado.
Apesar da redução na quantidade de cana beneficiada, Alagoas permanece como o maior Estado produtor da região.
De acordo com o boletim de consolidação de safra divulgado pelo Sindaçúcar-AL, foram processadas em Alagoas 16,3 milhões de toneladas de cana. Já na moagem 14/15, a quantidade de cana esmagada foi de 23,4 milhões de toneladas.Os dados são referentes a produção de 19 usinas.
A produção de açúcar chegou a 1,2 milhão de toneladas, sendo mais de 965 mil toneladas do tipo VHP e 281 do cristal. Já a produção final de etanol foi de 393.148 milhões de litros, sendo 227.892 milhões de litros de anidro e 165.256 milhões de litros de hidratado.
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