A janela partidária provocou mudanças na composição das bancadas da Câmara Federal. Segundo levantamento do G1, 71 deputados, o que equivale a 14% do total de parlamentares da Casa, trocaram de partido entre os dias 18 de fevereiro e 18 de março. Veja aqui o texto do portal: http://migre.me/tlly5.
As mudanças na Câmara Federal foram consideradas por veículos de comunicação nacionais um “exagero”. Isso, talvez, é porque não acompanharam a dança das cadeiras em Alagoas, especialmente, na Assembleia Legislativa estadual.
Alguns parlamentares já trocaram de legenda duas vezes em menos de um ano. É o caso do deputado federal Cícero Almeida. Eleito pelo PRTB, ele migrou para o PSD em outubro de 2015 e para o PMDB em março de 2016. O deputado estadual Galba Filho fez movimento semelhante, saindo do PRB para o PDT e deste para o PMDB.
Levantamento feito pelo blog do Edivaldo Junior mostra que 2 a cada 3 deputados estaduais de Alagoas, o que equivale a mais de 66%, trocaram de partido durante a janela, transformando o Estado numa espécie de “paraíso” da infidelidade partidária.
Em Alagoas apenas 9 deputados estaduais permaneceram nas legendas e 18 trocaram de partido. O Levantamento leva em consideração apenas os deputados efetivos e não inclui os suplentes.
Alguns deputados já sinalizavam a mudança em função de desentendimentos com as direções de seus partidos no estado – é o caso, por exemplo, de Ronaldo Medeiros. Mas a maioria mudou de legenda sem explicação.
PMDB aumentou mais de 260%
O PMDB de Renan Filho, como se sabe, foi o maior beneficiado. A bancada do partido, que era formada por três deputados foi para 11, um aumento de 266%. PSC (de um para 3), o PSD (de 2 para 3), o PHS (de 0 para 1), o PTB (de 0 para 1), o PRB (de 0 para 1) e o PP (de 0 para 1) foram os maiores beneficiados.
A maior perda foi do PRTB, que perdeu todos os seus três deputados, semelhante ao PDT. A bancada do PPS foi de 2 para 0 deputados, mesma situação do DEM e do PT. O PROS, PSDB e o PSB perderam, cada, 1 parlamentar.
Alguns partidos compensaram desfiliações com a chegada de novos deputados. É o caso do PSD, que perdeu Tarcízio Freire, mas ganhou João Beltrão e Marcelo Victor. O PROS perdeu dois deputados, mas ganhou Bruno Toledo. Nessa lógica, só fica difícil para o eleitor entender quem é quem na sopa de letrinhas dos partidos.
A tabela mostra o quadro na Assembleia Legislativa hoje. Quem sabe até quando ficará assim.