Uma das maiores dificuldades identificadas pelos fruticultores que fazem parte do Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura no Vale do Mundaú está na adubação. Com o compromisso de atender à produção orgânica e livre de agrotóxicos, é necessário utilizar produtos que correspondam à legislação específica estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Pensando nisso, as gestoras do APL Fruticultura no Vale do Mundaú, Valdelane Tenório, e do APL Extração Artesanal de Granito, Glória Velasquez, se reuniram, na manhã desta sexta-feira (11), para estudar a utilização do pó de rocha como modelo de adubação na agricultura.
De acordo com a gestora Valdelane Tenório, a ação representa a melhoria na produção da propriedade rural e o aumento do valor agregado à cadeia da extração de granito.
“Vamos estudar a viabilidade do uso dos resíduos minerais, provenientes da extração artesanal do granito, como adubação para as plantações. Após a análise dos materiais, caso apresentem composição mineral apropriada para fruticultura orgânica, estudaremos uma forma de integração entre esses dois grupos”, afirma Valdelane.
O encontro aconteceu na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seagri), e contou com a presença da engenheira Agrônoma Liduína Alencar, integrante da Comissão de Produção Orgânica da Seagri.
Mineral – A utilização de pó de rocha como fertilizante e corretivo do solo é uma alternativa para reduzir custos de produção da agricultura e romper com a atual dependência de insumos importados, sem comprometer a produtividade das lavouras. A adoção da prática, conhecida como rochagem, é defendida por especialistas em meio ambiente.
O processo consiste na incorporação de rochas moídas ao solo, como forma de tornar a terra menos ácida e mais fértil. Quando aplicados no solo, os diferentes minerais existentes nas rochas também ajudam a recuperar solos pobres e a renovar a fertilização das áreas de exploração agrícola.
Livre de resíduos químicos – Além da parceria para o desenvolvimento da agricultura, os produtores atendidos pelo APL Fruticultura no Vale do Mundaú possuem mais um motivo para comemorar. O Ministério da Agricultura acaba de apresentar os resultados da análise de resíduos químicos realizadas com amostragem de laranjas, que comprovam a isenção de agrotóxicos na produção das frutas e validam, ainda mais, o registro de orgânicos.
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Agência Alagoas