Deputados do Conselho de Ética querem investigação de assinatura falsa

Deputados do Conselho de Ética querem investigação de assinatura falsa

Deputados do Conselho de Ética pediram hoje (9) investigação sobre a suspeita sobre a falsificação da assinatura de um deputado no processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em tramitação no colegiado.

Uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada hoje, diz que peritos confirmaram que a assinatura do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) é falsa na carta em que ele renuncia à vaga de titular no conselho. De acordo com a reportagem, a assinatura é uma “falsificação grosseira e primária”.

Gurgel, aliado de Cunha, não estava em Brasília na madrugada em que o conselho aprovou por 11 votos contra 10 o parecer do relator Marcos Rogério (PDT-RO) pela continuidade das investigações contra Cunha. Para garantir que um dos votos continuasse com seu partido, o PR, Gurgel renunciou à vaga para que a legenda indicasse um outro nome. O deputado Maurício Quintella Lessa (AL) foi indicado depois que a carta de Gurgel chegou ao conselho. Lessa votou a favor de Cunha.

Integrantes do conselho pediram a abertura de sindicância para investigar se houve falsificação. Para o deputado Sandro Alex (PPS-PR), o colegiado foi vítima de um crime e que o caso também deveria ser ser apurado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “Temos também que ouvir o deputado Gurgel. Temos que pedir sua presença para que ele possa nos trazer as respostas. Naquela noite [da votação do parecer], o que o líder Quintella disse foi: o deputado Gurgel hoje encontra-se doente. Gurgel disse que pode haver discrepância da assinatura em função da ingestão de bebida alcoólica”, afirmou Alex.

O parlamentar sugeriu que o presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), solicite os exames grafotécnicos originais, publicados na reportagem, para que o documento seja avaliado pelos técnicos da Câmara dos Deputados. “Vamos abrir sindicância para apurar se os técnicos realmente revisaram esta assinatura. Naquela noite, alguns me questionaram, ao receber o documento da substituição, se havia um documento e a assinatura”, lembrou.

Araújo explicou que o conselho não pode adotar medidas sobre as suspeitas e informou que vai enviar notas taquigráficas da reunião, em que a carta de renúncia foi apresentada, para que a Mesa Diretora da Câmara analise.

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Agência Brasil

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Redação

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