Não foi por acaso que vazou nesta terça-feira, 8, a informação de que Cícero Almeida seria aceito no PMDB. O senador Renan Calheiros teria dito, aos mais íntimos, que o ex-prefeito e atual deputado federal pelo PSD, sempre “cumpriu” a palavra com ele.
A informação sobre uma possível filiação de Almeida ao PMDB circula, novamente, um dia depois do anúncio do apoio do PDT de Ronaldo Lessa a Rui Palmeira, feito em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Pelo que se sabe, Ronaldo Lessa e Renan Filho tiveram uma longa conversa no final de semana, antes da decisão do apoio.
A ação isolada de Ronaldo Lessa teria causa um certo incômodo também no Palácio dos Palmares.
“A ideia era que essa decisão fosse tomada em bloco, sob a liderança do governador”, aponta um deputado federal a base do governo que chegou a ser convidado para compor com Rui Palmeira, mas declinou.
“Pelo que sei o governador não gostou dessa ação isolada. Isso é ruim para o grupo, especialmente quando se trata das eleições na capital”, aponta o parlamentar.
O efeito colateral da “manobra” pode ser o apoio do governo a um candidato de oposição ou até o lançamento de um nome do PMDB: “o governador vinha conversando com o Rui e agora tem avaliado pesquisas que apontam para uma vitória de Cícero Almeida se ele tiver o apoio do governo”.
Em outras palavras, pelo que entendi, a “manobra” de Rui – de cooptar apoio dentro da base aliada do governo – desagradou não só ao governador, mas todo o grupo, o que melhorou consideravelmente as chances de Cícero Almeida no Palácio dos Palmares.
Também cresce dentro do PMDB a possibilidade de lançar candidato próprio.
Frente a frente
Seja como for, Renan Filho e Rui Palmeira terão uma conversa definitiva até o começo da próxima semana. Os dois vão se encontrar na casa de um amigo em comum para por os pingos nos “is”.
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EJ
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