Com perdas de mais de R$ 1 bi, AL tem menor safra de cana em mais de 20 anos

Com perdas de mais de R$ 1 bi, AL tem menor safra de cana em mais de 20 anos

Até o final de fevereiro, o Sindaçúcar-AL vai divulgar uma nova estimativa da safra 2015/2016 no Estado. Mas já se sabe que a produção deve ficar em torno de 16,5 milhões de toneladas e abaixo de cana. Este será o pior resultado deste a safra 93/84, quando a moagem atingiu apenas 15,8 milhões de toneladas.

A perda, a preços de hoje, passa de R$ 1,1 bilhão. Vamos fazer as contas – simplificando ao máximo os números. Dependendo de cada safra ou usina, é possível produzir de 2 a 2,5 sacos de açúcar por tonelada. Na comparação com a safra anterior (23,1 milhões) a queda de produção será superior a 6 milhões de toneladas. Vamos arredondar os números, para 6 milhões de toneladas vezes dois sacos de açúcar.

Faça as contas: 12 milhões de sacos vezes o preço atual do açúcar (R$ 95 por saco, a preço de hoje, segundo cotação do Cepea/Esalq) daria R$ 1,14 bilhão. É esse o dinheiro que deixou de circular na economia do estado na safra, no setor que é o mais importante na geração de empregos de Alagoas.

A redução é resultado de vários fatores, entre eles a crise financeira internacional iniciada em 2008, o “congelamento” do preço do etanol no primeiro governo Dilma Rousseff e a seca, entre outros fatores.

Para sair da crise, as usinas de Alagoas apostam, entre outras saídas, no empréstimo internacional da ordem de R$ 1,2 bilhão, lastreado nas exportações de açúcar dentro da cota americana.

A volta das chuvas a partir de janeiro deste ano também deve ajudar na formação da próxima safra. O processo de reabertura de usinas desativadas, a exemplo da Guaxuma e Uruba, também devem contribuir para a retomada da produção de cana dentro da média histórica de Alagoas – que é de cerca de 23,5 milhões de toneladas.

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EJ

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Redação

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