A situação do abate de animais em Alagoas ainda não é boa. A estimativa da Agência de Inspeção e Defesa Agropecuária (Adeal) é que mais de 70% da carne de boi consumida no Estado tem origem irregular, seja com abate clandestino ou precário.
Segundo o levantamento realizado pelo presidente da Adeal, Marcelo Lima, a estimativa é de que sejam abatidos por mês 32 mil cabeças de boi no Estado, que possui capacidade instalada de abater 15 mil animais. Desse total, apenas 3 mil são abatidos em locais que possuem o Serviço de Inspeção Municipal.
Os outros 12 mil são de matadouros com o Serviço de Inspeção Estadual, o Mafrips e Mafrial, que possuem capacidade de abater juntos 6 mil cabeças de boi, e o FrigoVale, que começou a operar nessa semana com capacidade para abater 10 mil bovinos, caprinos, ovinos e suínos. A expectativa da unidade é de abater seis mil cabeças por mês.
Clandestinidade
Vale lembrar que, desde da interdição dos matadouros municipais , realizados pela Fiscalização Integrado do São Francisco, até o ano passado, o número de abates clandestinos cresceu em Alagoas.
Isso porque, quando um desses estabelecimentos é fechado, muitos marchantes migram para matadouros de municípios vizinhos, que possuem apenas o SIM.
O que vale lembrar a cada alagoano, principalmente nas cidades do interior do Estado, é que muitos deles estão consumindo carne de procedência desconhecida, sem nenhum tipo de controle sanitário. Locais esses que realizam o abate irregular, descumprindo a legislação fiscal, trabalhista e ambiental.
—
Da redação
Author Description
