O Sindicato dos Hospitais de Alagoas, sediado em Maceió, realizou reunião nesta terça,12, para avaliar a crise que afeta hospitais privados do estado e pode levar algumas unidades a fechar suas portas.
O caso mais grave, ao menos de conhecimento público, é o do Hospital do Açúcar. Seus funcionários – incluindo médicos – estão greve por conta do atraso de salários.
Para evitar o mesmo problema, alguns hospitais de Maceió informaram, na reunião, que tiveram de fazer empréstimos em bancos para pagar o pessoal.
A situação é classificada como insustentável. O problema é causado, segundo os gestores, pela defasagem na tabela de serviços e pelo atraso de pagamento, principalmente da Secretaria de Saúde do Estado.
A Sesau não teria pago, até esta terça-feira, os valores referentes a serviços prestados pelos hospitais relativos a novembro. “O pagamento normalmente é feito até o dia 15 do mês subsequente. Esta semana está vencendo o pagamento dos serviços faturados em dezembro. Sem esses recursos, infelizmente, tivemos de atrasar os salários”, explica Edgar Antunes, presidente do Hospital Açúcar.
Além do atraso no pagamento, o Hospital enfrenta defasagem na tabela de serviços ( cirurgias,procedimentos ambulatoriais, internações etc) que chega a 58%, explica Antunes: “está se tornando inviável manter os atendimentos. Os salários e aumentaram, os nosso custos com medicamentos e outros produtos também”, pondera.
A situação de dificuldades não é exclusiva do Hospital do Açúcar. Na reunião do Sindicato dos Hospitais, várias outras instituições relataram dificuldades, a exemplo da Santa Casa de Penedo e do Sanatório.
Também na reunião, circulou a informação de que Secretaria de Saúde atribuiu o atraso nos pagamentos a falta de repasses da Secretaria da Fazenda. Que seja. Mas, não custa perguntar: e se os hospitais fecharem, quem é que vai responder por isso?
EJ