39O balanço que Renan Filho faz de 2105 é positivo. Falo sobre isso logo, logo. O governador, no entanto, está trabalhando com sua equipe para enfrentar uma fase ainda mais aguda da crise econômica nacional.
A arrecadação do estado cresceu abaixo do esperado em 2015. O ICMS, como já antecipei aqui (http://wp.me/p6TEFy-35G), fechou o ano em R$ 3,11 bilhões. Na comparação com o arrecadado em 2014, R$ 2,92 bilhões, o crescimento nominal foi de apenas 6,49%.
Já a receita de FPE do Estado no acumulado de 2015, foi de R$ 2,54 bilhões. Na comparação com os R$ 2,41 bilhões arrecadados em 2014, a variação nominal é de 5,2%.
As duas principais receitas do Estado, ICMS e FPE, ficaram abaixo da inflação em 2015, de 10,48% pelo IPCA até novembro. Em contrapartida alguns gastos – a exemplo da folha de pessoal – subiram acima da arrecadação (nesta quarta eu revelo os números).
Para piorar o quadro, o governo trabalha com um cenário de agravamento da crise no primeiro trimestre deste ano.
Nesse cenário, o governador Renan Filho avisa que vai manter o cinto apertado: “Vamos ter que cortar mais gastos, organizar mais, manter o ajuste, manter a prudência, com os pés no chão e gastar somente com o que é importante”.
Entre os ajustes que devem vir por aí, anote, está a fusão de alguns órgãos. Mas Renan Filho só fará redução no que for “estritamente necessário”.
A opção do governador neste momento não é “reduzir por reduzir”. Só serão feitos cortes que possam produzir impactos significativos nos gastos, sem compromete o atendimento ao público.
Por enquanto, Renan Filho está debruçado sobre números e amadurecendo sobre qual a melhor decisão a tomar.
O que ele quer é, no mínimo, repetir a “façanha” de 2015: terminar 2016 pagando as contas em dia e assegurando ao menos recursos de contrapartida para obras que estão ou serão realizadas no estado. E para conseguir isso fará tantos cortes quantos forem necessários.
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EJ