Um dos focos do Governo de Alagoas é a interiorização do desenvolvimento. O trabalho já mudou a realidade de muitas pessoas no Estado, levando igualdade e inclusão produtiva a regiões antes esquecidas. Neste final de ano, o momento é de comemorar os bons resultados e traçar as próximas ações e objetivos para 2016.
O Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) é um dos destaques na estratégia do Governo de Alagoas. Coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) em parceria com o Sebrae/AL, a iniciativa atende 17 mil empreendedores em 82 municípios, contemplando três setores: serviços, indústria e agronegócio.
Horticultura no Agreste
No agronegócio, o Arranjo Produtivo Local (APL) Horticultura no Agreste cultiva mais de 30 espécies de hortaliças convencionais, agroecológicas e orgânicas. Jose Edler é um produtor rural deste grupo. Hoje ele comercializa em feiras na região e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“O começo foi muito difícil para mim, não entendia muito de agricultura, mas comprei um terreno com o meu irmão e resolvi trabalhar com isso. Nós erramos bastante, tínhamos dificuldade de comercializar o que a gente produzia, mas depois que entramos para o APL, tudo mudou, aprendemos coisas novas, e até hoje recebemos grande assistência”, conta José Edler.
Móveis no Agreste
Na mesma região, mas no setor da indústria, o APL Móveis no Agreste ganha cada vez notoriedade pelas peças com design diferenciado e grande qualidade. O grupo é composto por empresários que trabalham tanto com produção em série quanto com planejados. Eles também contam com a estrutura do Polo de Madeira e Móveis Nascimento Leão, onde há galpões para a instalação de empresas.
Mário Oliveira entrou no ramo por acaso, e na evolução da sua empresa, o arranjo teve papel importante. Ele fazia parte da Polícia Militar de Alagoas e tinha como função realizar a manutenção dos espaços físicos da corporação. Quando foi casar, o marceneiro atrasou os móveis da sua casa e o empreendedor decidiu entrar na produção, desde então, nunca mais saiu.
“Após começar a trabalhar de fato com marcenaria, acabei saindo da polícia para me dedicar apenas à atividade. No início, era pequeno, mas fui aprendendo e ampliando a clientela. O APL foi um impulso, a partir disso conhecemos de verdade o universo dos móveis e melhoramos nosso negócio”, relata Mário Oliveira.
Turismo Costa dos Corais
Para o turismo, incluído no setor de serviços, o APL Turismo Costa dos Corais representa todo potencial da região, que possui a segunda maior barreira de corais do mundo, inserida em uma Área de Preservação Ambiental (APA). Além disso, são 130 km de lindas praias e outras belezas naturais. Neste cenário, também há o desenvolvimento do artesanato e da gastronomia.
No caminho da sustentabilidade, dentro do arranjo, está a Associação Peixe-Boi, que oferece um passeio para um santuário do mamífero, na cidade de Porto de Pedras. Para a presidente, Flávia Rêgo, o APL auxiliou muito no processo de consolidação do grupo.
“O arranjo ajudou bastante na construção do que somos hoje. Apesar de termos atingindo um nível mais organizado, ainda existe uma troca importante entre a gente. Somos gratos por todo apoio e o papel fundamental do APL para nossa estruturação”, explica Flávia Rêgo.
Nova estratégia
Em 2015, o Programa de Arranjos Produtivos Locais completou 11 anos. Neste sentido, um evento realizado em dezembro reuniu gestores para discutir uma nova estratégia de atuação para 2016. A proposta é cada vez mais integrar ações de associativismo, cooperativismo e empreendedorismo, fomentando o espírito colaborativo entre os grupos atendidos.
Neste ano, também houve lançamento oficial do site do PAPL. Na plataforma é possível ter acesso a informações sobre cada um dos 18 Arranjos Produtivos Locais (APLs) existentes em Alagoas. Os dados estão disponíveis no endereço: www.papl.al.gov.br. O espaço ainda abrigará vídeos, notícias e possibilidades de interação com a coordenação do programa.
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Agência Alagoas
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