Renan Filho tenta ‘aval’ para salvar setor sucroenergético de Alagoas

Renan Filho tenta ‘aval’ para salvar setor sucroenergético de Alagoas

Com mais de 100 mil empregos diretos durante a safra, o setor sucroenergético ainda é, de longe, o mais importante do estado. As dificuldades enfrentadas pelas usinas, iniciada em 2008 com a crise financeira internacional, vem se agravando, ano após ano, por conta de fatores que vão do controle de preços da gasolina (que afeta a competitividade do etanol), até a seca.

No Brasil, mais de 80 usinas fecharam nos últimos cinco anos. Em Alagoas, das 24 usinas que estavam em atividade no começo da crise, apenas 19 devem operar na safra 15/16.

Além do atraso no pagamento de fornecedores, o maior problema hoje é a falta de crédito, nacional e internacional.

Sem acesso a novos recursos, pelo menos metade das usinas ainda não iniciou a moagem em Alagoas, três meses após começada a safra. A situação em outros estados produtores do Nordeste é semelhante.

A “solução” para o setor pode vir com o aval do governo federal para uma operação de crédito nacional. É nessa linha que vem trabalhando o governador Renan Filho, desde março deste ano.

Em Brasília RF terá nova reunião, nesta quinta-feira, 15, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy para tratar de uma operação que pode virar, literalmente, a ‘salvação’ da lavoura para usinas de Alagoas e outros estados do Nordeste.

Trata-se de um financiamento que vem sendo negociando com um banco suíço e que depende de aval do governo federal.

Sem crédito, em crise, a maioria das usinas enfrenta dificuldades para operar na safra 15/16. A negociação com o banco, que tem como garantia as cotas preferenciais de exportação de açúcar para o mercado norte americano e só depende, agora, de aval do governo.

Se o financiamento sair, o governador acredita que o setor vai passar por um momento de retomada de suas atividades.

Renan x Renan

RF trabalhou junto com o senador Renan Calheiros para viabilizar a operação. O presidente do Senado também vai participar da audiência com Levy, que deve contar ainda com a presença de empresários e líderes do setor sucroenergético. “O senador  Renan foi fundamental em todo o processo”, aponta o governador.

A expectativa de Renan Filho é que o aval será dado pelo governo federal. “Não sei ainda o valor, mas acredito que a resposta será positiva”, aponta.

A proposta dos empresários é que a operação fique entre R$ 1,5 bi e R$ 1,6 bi. O pagamento seria feito em dez anos. O governo federal não vai liberar recursos, mas precisa dar o ‘aval’, porque a cota americana é liberada pelo Ministério da Agricultura e renovada anualmente.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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