Tomar cerveja e usar celular fica mais caro em AL, após aumento de impostos

Tomar cerveja e usar celular fica mais caro em AL, após aumento de impostos

O pacote tributário do governo de Alagoas aprovado na Assembleia Legislativa vai pesar igualmente no bolso de pobres e ricos, apesar do esforço do secretário da Fazenda, George Santoro em pregar a “justiça tributária”, filosofia em que quem pode mais paga mais, quem tem menos paga menos.

Dois itens de grande consumo popular em Alagoas, apreciados  por pessoas de todos os segmento, terão aumento significativo na carga tributária a partir de janeiro do próximo ano: tomar uma “cervejinha” e usar o celular vai ficar mais caro em Alagoas.

Atualmente o ICMS cobrado da cerveja, do chope e do aguardente de cana em Alagoas é de 17% mais 2% de Fecoep. A partir de janeiro o imposto destes itens sobe para 25% mais os 2% do Fecoep. O aumento na carga tributária será de exatos 47% e deve se refletir no preço final das bebidas em bares, restaurantes e supermercados.

Dá para ter uma ideia do aumento. Uma cerveja que custa hoje R$ 4,00 paga R$ 0,76 de ICMS. A partir de janeiro, o imposto sobe para R$ 1,08. A diferença de R$ 0,32 será cobrada, claro, do consumidor.

Falar no celular vai pesar mais no bolso

O IMCS das telecomunicações, categoria que inclui serviços como celular, telefone fixo e internet móvel, também vai ficar mais caro em Alagoas. Atualmente o imposto desse segmento é de 25% mais 2% do Fecoep. A partir de janeiro, o ICMS do celular vai subir para 28% mais 2% de Fecoep,ficará em 30%. O aumento do imposto passa dos 10%.

A alíquota do celular será a segunda mais alta do Estado, perdendo apenas para o ICMS de armas de fogo, cigarros e joias que  aumentou para 29%, além dos 2% de Fecoep.

Aumento se deu também em outros estados

O aumento do ICMS do celular, no entanto, não foi fato isolado em Alagoas. Foi uma alta combinada com outros estado s do Nordeste. Pernambuco e Sergipe também aprovaram alíquotas iguais a que será cobrada pelo governo alagoano.

O aumento de ICMS foi a solução encontrada pelos governadores para enfrentar a crise na economia nacional. Com dificuldades de caixa, por conta da queda do FPE, a maioria dos estados aumentou, além do ICMS, IPVA e ITCD, os impostos estaduais.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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