Serviço de Inteligência orienta população para evitar cair no “golpe do telefone”

Serviço de Inteligência orienta população para evitar cair no “golpe do telefone”

Uma conversa amena, uma brincadeira de adivinhação, uma pergunta pela suposta “tia” ou “avó”, um aviso de um sequestro ou até ameaça de morte. Todos os dias pessoas são prejudicadas financeiramente com o conhecido “golpe do telefone”. Um método utilizado por bandidos que constitui estelionato e extorsão.

O crime tornou-se corriqueiro partindo de indivíduos que querem conseguir vantagens financeiras a qualquer preço. Atinge pessoas de todas as idades e em todas as classes sociais deixando, além do desfalque financeiro, marcas emocionais profundas.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), bandidos ligam para as possíveis vítimas de forma aleatória, sem escolha prévia. Discam o número do telefone e quem atende passa a ser vítima em potencial.

“Os marginais contam alguma história, se faz passar por um parente, mas geralmente não diz o nome desse parente, espera que a vítima diga algum nome. Quem atende a ligação deve sempre desconfiar e não pode passar dado algum. Deve esperar que a pessoa se identifique”, aconselha a Inteligência da Segurança Pública.

O mais comum é a vítima passar informações sobre a família, onde mora e nome de parentes. Isso abastece o criminoso e alimenta a história falsa que ele cria. Quem cai no golpe, em geral fala coisas sem perceber.

Uma das versões criadas pelos bandidos gira em torno de alguém da família que teve problemas com o carro e precisa de dinheiro vivo para o conserto. Eles pedem para que a vítima deposite certa quantia para sanar o problema.

Outra forma é ligar para familiar de alguém hospitalizado pedindo pagamento para procedimentos. A forma mais grave do golpe do telefone é a simulação de sequestro de um ente querido. Geralmente os criminosos impedem que as vítimas desliguem o telefone para que não tentem contato com o familiar supostamente sequestrado.

“As histórias contadas pelos marginais geram coincidências muitas vezes com dados passados pela vítima na hora da conversa. A pessoa precisa manter a calma, esperar sempre a informação e nunca passar nomes de familiares. Deve checar a veracidade do que é dito na ligação, até através de outra pessoa do seu convívio”, alerta a Segurança Pública.

Danos psicológicos

Muitas vítimas do golpe do telefone adoecem após o trauma. Segundo a psicóloga Maria Anália Fernandes, as pessoas reagem de forma diferente a um mesmo fato. “As vítimas de ameaça e de crimes podem desenvolver ansiedade, depressão transtorno pós-traumático, pânico. São os casos mais comuns”, cita a psicóloga.

Agência Alagoas

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