Programa Brasil Alfabetizado forma mais de 900 pessoas no Alto Sertão

Programa Brasil Alfabetizado forma mais de 900 pessoas no Alto Sertão

“Se eu soubesse que era tão bom estudar, já teria entrado numa escola há mais tempo”. Foi com esta frase que a agricultora Severina França, de 70 anos, definiu a experiência de concluir o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) na Escola Estadual Erenice Gomes, em Delmiro Gouveia. Além da idosa, a solenidade reuniu mais de 900 formandos que fizeram o curso oferecido pela Secretaria de Estado da Educação (SEE) por meio do governo federal.

De acordo com Emanuela Ferreira dos Santos, coordenadora da 11ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), dos 1.036 alunos matriculados nesta 8ª etapa do programa, 987 conseguiram concluir, o que representou um aproveitamento de 85%.

“Isso demonstra o interesse da população sertaneja em aprender a ler e escrever. A maioria desses alunos quer dar continuidade aos estudos, nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, afirmou a coordenadora.

Para a responsável pelo PBA na 11ª CRE, Gislaine Alves da Silva, a evasão foi baixa porque houve um empenho muito grande dos alfabetizadores e dos coordenadores de turmas. Segundo ela, ao todo, foram mobilizados 117 professores e sete coordenadores que atuaram nos municípios de Delmiro Gouveia, Água Branca, Canapi, Mata Grande, Piranhas e Pariconha.

Nova chance

Para o agricultor José Ivanildo dos Santos, 24 anos, o PBA representou uma nova chance para retomar os estudos, abandonados logo cedo para ajudar a família na lavoura.

“Com essa oportunidade de aprender a ler e escrever, vi que perdi muito tempo longe da escola. Agora quero continuar estudando e aprendendo cada vez mais”, refletiu o jovem, que vive em Água Branca.

Para dona Helena Alves, 68 anos, foi motivo de orgulho receber o certificado do curso de alfabetização. “Vou cuidar muito bem desse diploma que, para mim, é muito importante. Fiz de tudo para educar meus três filhos, por isso não tive tempo de estudar quando era mais moça”, afirmou dona Helena.

A professora Sueli do Nascimento Barros, de 34 anos, disse que dona Helena era uma das melhores alunas da sala. “Ela não perdia uma aula”, contou.


Agência Alagoas

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Redação

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