Reabertura de Casa de Farinha beneficia 400 produtores do Agreste

Reabertura de Casa de Farinha beneficia 400 produtores do Agreste
Reabertura de Casa de Farinha beneficia 400 produtores do Agreste

A reabertura da Casa de Farinha localizada na comunidade de Mata Limpa, no município de Lagoa da Canoa, deve beneficiar cerca de 400 produtores de mandioca do Agreste alagoano. A unidade foi reaberta nesta quinta-feira (13), renovando as esperanças dos 4 mil habitantes do povoado e, principalmente, das 80 famílias diretamente ligadas à unidade de processamento da mandioca.

A Casa de Farinha havia sido interditada em novembro de 2014 pela Fiscalização Preventiva Integrada (FIP), comandada pelo Ministério Público Estadual (MP/AL), por descumprimento de normas de impacto ambiental.

A medida, segundo o prefeito de Lagoa da Canoa, Álvaro Melo, deixou a população local desolada.

“Aqui em Mata Limpa, a principal cultura é a da mandioca, seguida do fumo e do milho. O fechamento da Casa de Farinha trouxe muitos prejuízos, uma vez que os agricultores não tinham onde fazer o processamento e muitos acabaram perdendo a produção ou levando para outros municípios”, disse o prefeito.

A adequação da unidade às exigências do Ministério Público e do Instituto do Meio Ambiente (IMA) foi possível graças à orientação das secretarias de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), do Sebrae e da Emater.

Foi montada na Casa de Farinha uma estação de tratamento dos resíduos líquidos gerados no processamento da mandioca. Um biodigestor instalado em parceria com a Sedetur e o Sebrae passou a aproveitar esse resíduo decantado na geração de fertilizante e do gás combustível utilizado pela unidade.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, a Casa de Farinha de Mata Limpa serve de modelo para as adequações em outras quatro unidades interditadas pela FIP em 2014, e que também deverão reabrir até o mês de setembro.

“O Governo do Estado e nossos parceiros estão de portas abertas para passar orientações aos empresários que tiverem interesse de adequar suas casas de farinha para funcionar dentro da legalidade e evitar uma possível interdição. Só poderemos avançar na cultura da mandioca se as indústrias estiverem abertas para absorver a produção”, afirmou o secretário.

“Também estamos estudando, junto à Secretaria de Fazenda e à Desenvolve – Agência de Fomento, formas de financiamento e incentivos fiscais para pequeno produtor alagoano. O governador quer mostrar ao Nordeste e ao Brasil tudo que a agricultura familiar é capaz de fazer pela economia de Alagoas”, disse Vasconcelos.

Um dos responsáveis pela FIP, o promotor de Justiça Alberto Fonseca, compareceu à solenidade de reabertura e demonstrou satisfação ao verificar as mudanças estruturais executadas na Casa de Farinha de Mata Limpa, que estão sendo replicadas em outras unidades.

“Isso representa um ganho muito grande para o Estado, uma vez que esses empreendimentos agora deixam a clandestinidade para atuar na legalidade, aumentando sua eficiência e a qualidade do produto dentro de um processo marcado pela sustentabilidade”, disse o representante do MP/AL.

A reabertura da Casa de Farinha foi motivo de festa na comunidade. Depois de assinar a licença ambiental para funcionamento, o proprietário da unidade, Gilson Barbosa, manifestou sua alegria em ver o empreendimento gerando, mais uma vez, emprego e renda.

“São quase 50 empregos diretos, quase 80 famílias que tiram dessa Casa de Farinha seu sustento. É uma alegria muito grande poder abrir as portas novamente. Nós temos capacidade de processar 20 toneladas de mandioca por dia. Agora, com as adequações, espero que possamos crescer”, disse Barbosa.


Ascom Seapa

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