A maior obra hídrica do estado, o Canal do Sertão, conta com a gestão participativa dos agricultores residentes na região. As famílias beneficiadas com os investimentos realizados pelo governo terão voz ativa e poderão sugerir melhorias para o uso da água.
Para conseguir manter este canal de diálogo, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), gestora do Canal do Sertão, colocará em prática a realização de 12 audiências públicas nos municípios próximos à obra, contemplando também as cidades distantes, mas, que estão incluídas na distribuição responsável dos recursos hídricos.
O secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Alexandre Ayres, considera que é necessário haver reciprocidade entre o governo e população para elaborar projetos e ter resoluções contemplativas. “Não é intenção do governo construir o Canal do Sertão sem ouvir as famílias e os agricultores. São estas pessoas que moram na região e sabem o valor dessa obra para benefícios sociais e econômicos”, avalia o secretário.
De maneira transparente, como determina a legislação, a secretaria vai contratar uma empresa para iniciar a promoção das audiências. A previsão é que as ações de contato permanente com a sociedade iniciem em setembro, encerrando em dezembro, tempo o suficiente para coletar informações cedidas pelo público que serão aditadas à execução dos serviços.
De acordo com o secretário adjunto de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Edilson Ramos, alguns pontos específicos serão pactuados durante os encontros com a população, exemplo da quantidade permitida para o uso da água e quem deve usar os recursos naturais.
“Estamos em um processo avançado na contratação da empresa para nos auxiliar na realização das audiências públicas. Tenho certeza que futuramente teremos o nosso plano de gestão com a participação efetiva dos agricultores e suas famílias. Precisamos manter o canal de comunicação aberto com a sociedade porque a presença do estado na região traz perspectiva de melhorias, principalmente para quem vive próximo do Canal do Sertão e nos municípios distantes”, avalia Edilson Ramos, que tem acompanhado de perto o avanço da obra.
O cronograma de atividades está sendo atualizado, paulatinamente, pela equipe técnica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Inicialmente, as audiências públicas devem ocorrer em Pariconha, Água Branca, Delmiro Gouveia, São José da Tapera, Carneiros, Senador Rui Palmeira e Piranhas.
As datas ainda estão sendo levantadas. Segundo o secretário adjunto da Semarh, à medida que o Canal do Sertão prossiga com as suas obras, os encontros públicos ocorrerão nas cidades próximas.
Limpeza e conscientização
Além de incentivar à participação popular na construção do Canal do Sertão, a Secretaria de Recursos Hídricos tem intensificado a limpeza das oito comportas. Somente na semana passada, pouco mais de 15 sacos de lixo foram preenchidos com sacolas plásticas, garrafas pet, latinhas e outros resíduos.
Segundo o gerente de planejamento da Semarh, Afrânio Coutinho, três comportas passaram pelo processo de limpeza e esta semana as ações devem seguir o cronograma de trabalho.
“Quando o lixo é jogado nas águas do canal, ele fica submerso. Quando o nível da água sobe, o lixo vai para os extravasores e se acumula. Iniciamos um trabalho efetivo para limpar tudo o que foi jogado no canal e continuar cuidando para que as pessoas não despejem seus resíduos na água ou próximo da obra”, explicou Afrânio Coutinho.
Consta no planejamento, durante a realização das audiências públicas, expandir a educação ambiental para conscientizar a população que utilize as águas do Canal do Sertão como recurso para sobrevivência social e econômica e não de uma maneira prejudicial aos próprios moradores.
O secretário Alexandre Ayres ressalta que por ser a maior obra hídrica de Alagoas, o Canal do Sertão merece ser preservado, principalmente, porque seu maior objetivo é levar água de boa qualidade para consumo humano aos municípios em situação de emergência por causa da estiagem.
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Ascom Semarh
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