Chefe da Receita diz que arrecadação está pior que em 2003

Chefe da Receita diz que arrecadação está pior que em 2003

Em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid , disse que a “ arrecadação em 2003 foi difícil, mas neste ano a dificuldade está maior ainda.” Rachid também estava à frente do fisco no primeiro mandato do presidente Lula.

Os novos dados da arrecadação do governo federal deverão ser divulgados nos próximos dias –até abril, houve recuo de 4,4%. “Mas estamos trabalhando em uma série de estratégias com o ministro Joaquim, tomando medidas para aumentar a receita.”

A notícia acendeu o sinal vermelho para os municípios que passam por dificuldades financeiras pela grande carga de serviços impostos pelo governo, sem definição de fonte de FINANCIAMENTO, disse o presidente da AMA , Marcelo Beltrão. “ A declaração preocupa, diz o prefeito porque o governo federal também está querendo mudar as regras- com o carro andando- do repasse de 0,5% a mais no PFM de julho.

Esta semana a Confederação Nacional de Municípios (CNM) pediu oficialmente ao governo federal R$ 1 bilhão, na forma de Apoio Financeiro aos Municípios (AFM).

No documento, a CNM explica que os 5.568 prefeitos de todo o Brasil aguardam o recebimento da primeira parcela do aumento de 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Conforme combinado com o Congresso e a Presidência, a primeira parte será de 0,5% do total de doze meses de arrecadação – de julho de 2014 a junho de 2015.

O montante esperado era de R$ 1,850 bilhão. No entanto, pelo entendimento do Tesouro Nacional, o valor determinado na Emenda Constitucional 84/2014 é referente aos meses de janeiro de 2015 a junho de 2015. Isso fará com que o total esperado pelos Municípios caia pela metade – pois considera apenas seis meses e não doze.

Negociação

No ofício, a CNM lembra que, em reunião na última semana, a Subsecretaria de Assuntos Federativos da Presidência reconheceu que esta foi a negociação. Os acordos foram feitos com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, pós XVII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em maio de 2014.

Entenda

Conquista da XVII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o aumento de 1% no FPM foi dividido inicialmente em duas partes. Como dito, meio ponto porcentual até 2016 e a partir daí 1% integral a cada ano, sempre em julho. Os critérios de distribuição seguem a mesma regra do 1% transferido em dezembro, e também conquistado pela CNM.

A promulgação da Emenda 84 ocorreu em dezembro de 2014 e desde então os prefeitos de todo o Brasil esperam este repasse para amenizar a crise financeira das prefeituras. A EC alterou o artigo 159 da Constituição e elevou de 23,5% para 24,5% a composição do FPM. Pela negociação, a elevação seria assim: 24,0% este ano e 24,5% ano que vem.

Para a CNM, é importante deixar claro aos gestores que, durante as negociações do aumento, nenhuma das propostas continha o artigo que hoje prejudica o total a ser repassado em julho. Novamente alertamos: o trecho foi introduzido à redação final.

Em julho de 2016, esta elevação no FPM vai representar R$ 4,2 bilhões a mais, estima a CNM.


Ascom AMA

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