CNA discute com Ministério da Fazenda dívidas de crédito rural da região Nordeste

CNA discute com Ministério da Fazenda dívidas de crédito rural da região Nordeste

O presidente da Comissão da Região Nordeste na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Norte (FAERN), José Vieira, reuniu-se, na última quarta feira, (17/06), com representantes do Ministério da Fazenda para debater as questões da dívida de crédito rural da região Nordeste, que abrange contratos formalizados com o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco do Brasil (BB).

A principal demanda do setor apresentada ao Ministério da Fazenda, há pouco mais de três meses, refere-se à prorrogação de todas as parcelas com vencimento previsto para 2015, sob o justo argumento de que a região vem sofrendo com uma estiagem prolongada desde início de 2011, reconhecida inclusive pelo poder publico. Segundo Vieira, as chuvas ocorridas em algumas regiões não amenizaram o problema, o que torna necessário medidas urgentes para evitar que produtores rurais dessa região sofram ainda mais com execuções que podem levar suas propriedades a leilão.

Vieira explica que “os agricultores não estão conseguindo honrar com seus compromissos, pois não têm capacidade produtiva para pagar. É uma situação de colapso total e haverá falência no setor se não houver uma solução imediata do problema”. E acrescenta: “a gravidade do problema pode ser sintetizada no exemplo do Rio Grande do Norte, com 167 municípios dos quais 152 estão em estado de emergência e 20 em colapso, com perdas no setor rural que podem chegar a 90% da produção da castanha para exportação, além das perdas na produção de mel e a pecuária que vem sofrendo ao longo desses anos”.

O Ministério da Fazenda informou que tem orientado os agentes financeiros a utilizar os normativos vigentes para o PRONAF e o Crédito Rural Convencional, que já permitem a renegociação quando comprova a perda, que deve ser requerida pelo produtor, entretanto, Vieira solicitou que seja implementado medidas gerais, pois o estudo caso a caso dificulta o acesso dos produtores á prorrogação.

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