Desempenho no 1º trimestre da indústria alagoana não é satisfatório

Saldos de emprego no setor foi negativo; estado perdeu mais de 18 mil postos de trabalho
Desempenho no 1º trimestre da indústria alagoana não é satisfatório

O desempenho da indústria alagoana foi desfavorável no primeiro trimestre de 2015. Essa foi a conclusão obtida a partir de uma análise da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, realizada pela Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc).

Em Alagoas, os saldos de empregos relacionados à indústria, de um modo geral, foram negativos para os primeiros trimestres de 2014 e de 2015, com perda de 14.657 postos de trabalho no primeiro período, e redução de 3.651 empregos no segundo momento.

Após ser analisado, foi constatado que o setor industrial recuou o consumo de energia elétrica em 0,96%, no primeiro trimestre de 2015, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Notou-se também uma variação relativamente negativa para a construção civil (queda de 10,62%) e para a indústria de transformação (decrescimento de 2,24%), resultado decorrente da defasagem dos preços do etanol, desvalorização dos preços das commodities, ajustes salariais na indústria de transformação e aumento nos custos de mão-de-obra e dos insumos da construção civil, que acompanham a elevação da inflação.

O custo por m² da construção civil que correspondia a R$ 838,60 em janeiro, alcançou R$ 850,37 em março, representando uma elevação de 1,4%.

Observando os dados relacionados à extração de petróleo e gás natural, foi possível identificar uma queda conjunta de 18,43% nestes produtos. A produção de petróleo em barris apresentou um crescimento de 2,83%, ao passo que a de gás natural registrou um declínio de 25,43% e a de líquido de gás natural um recuo de 30,82%.

Por outro lado, a extração mineral e os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) obtiveram aumento, obtendo 4,13% e 47,99%, respectivamente, no consumo de energia elétrica. Embora tenha ocorrido o crescimento neste consumo nos SIUP e na indústria extrativa mineral, não foi suficiente para alterar a queda na utilização de energia elétrica na indústria como um todo.

O resultado da análise acompanhou o declínio da indústria nacional. De acordo com a pesquisa de indicadores industriais levantada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), ocorreu no primeiro trimestre de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014, o recuo do faturamento da indústria de transformação (6%), assim como retrações no volume de emprego (3,9%), na massa salarial (4,1%), nas horas trabalhadas (8,5%) e no rendimento médio real (0,2%).

A nota técnica está disponível na íntegra no site www.dados.al.gov.br.

Ascom Seplag

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Redação

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