Téo nega ‘liberação’ e Júlio Cezar vai ao TRE para sair do PSDB

Téo nega ‘liberação’ e Júlio Cezar vai ao TRE para sair do PSDB

O “filho da verdureira” dá mais um passo importante para se consolidar como principal força de oposição ao atual prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro.

Ele anunciou, em sua página no Facebook, que ao TRE o reconhecimento de causa justa para se desfiliar doPSDB: “Hoje tomei uma decisão muito difícil, mas necessária e indispensável aos próximos passos. Eu também creio que Deus estará sempre comigo nesta caminhada!”, registrou.

Júlio Cezar é vereador do município e ainda está filiado ao PSDB, mesmo partido do prefeito e do deputado estadual Edval Gaia Filho, que foram, no passado, seus aliados.

O rompimento se consolidou depois das eleições para governador, em 2014.

JC, como se sabe, foi para o “sacrifício”, para defender o “legado” do governo de Teotonio Vilela Filho. Com bom desempenho eleitoral, surgiu como ameaça a continuidade do poder do grupo liderado por James e Val Gaia em Palmeira dos Índios.

Antes entrar com o processo no TRE, Júlio pediu a Téo Vilela que o expulsasse do PSDB. O ex-governador disse a ele que a expulsão seria “traumática” e prometeu ajudá-lo de outra forma.

A “expulsão”, que no caso específico não tem nada de traumática, não vai a frente porque não é aceita pelos  tucanos palmeirenses. Téo Vilela já avisou, no entanto, que não fará nada para atrapalhar a saída dele do partido.

Além assegurar o mandato do vereador, o processo poderia “vitimizar” Júlio Cezar.

O “filho da verdureira” terá agora de buscar outros caminhos para deixar o partido, sem perder o mandato. Uma das opções é a criação do PL, o novo partido de Gilberto Kassab.

Mesmo se tiver de perder o mandato de vereador ele já avisou que deixa o PSDB para disputar a prefeitura. Ele tem até setembro para se filiar a outra legenda e vai escolher uma sigla entre várias que já lhe convidaram.

Sem nome

O maior problema de James e Val Gaia no momento não é, como se pode imaginar, a candidatura de Júlio Cezar, mas a falta de um nome para ser apoiado pelo grupo nas eleições do próximo ano.

A única opção viável, hoje, seria a candidatura do deputado Val Gaia. Mas essa também seria a última opção do grupo, pelas ligações familiares (eles são cunhados, o que poderia ter implicações legais e eleitorais) e porque não é nada fácil abrir mão de dois anos de mandato na Assembleia Legislativa.

EJ

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Redação

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