“Excessos” do FPI podem gerar mudanças nas próximas fiscalizações

“Excessos” do FPI podem gerar mudanças nas próximas fiscalizações

Os “excessos” da FPI do São Francisco na região da bacia leiteira de Alagoas devem resultar numa mudança de atuação de órgãos do Estado nas próximas fiscalizações ambientais. O governador convidou o procurador-geral de Justiça para chegar a um entendimento. O objetivo é evitar que as operações afetem a sobrevivência de comunidades rurais e cidades do interior.

Renan Filho deve conversar com Sérgio Jucá na próxima semana e vai dizer a ele que não concorda com o uso da força para promover o fechamento de pequenas queijarias ou para proibir que os agricultores usem bois para a arar a terra: “O MPE foi criado para defender os interesses da sociedade e do cidadão”, pondera.

As declarações do governador foram dadas no último sábado, em visita a Santana do Ipanema. “O MPE está liderando uma ação que trouxe muitos problemas para a região sertaneja, para Batalha, Major Isidoro, Santana do Ipanema, e nós precisamos dar uma alternativa ao produtor. Num cenário de muita dificuldade você não dar oportunidade de uma pessoa produzir, isso ‘tá’ equivocado. Temos de criar condições para que as pessoas possam produzir”, aponta.

Não é só o governador. O presidente da Assembleia Legislativa, Luiz Dantas, vários deputados estaduais e o deputado federal Givaldo Carimbão já se posicionaram contra os excessos que teriam sido cometidos na FPI.

Alguns dirigentes de órgãos públicos mandaram pessoal para a FPI a contragosto: “Quem comanda a ação diz que se não for, você também vai preso”. Foi assim que Renan Filho explicou porque IMA, ADEAL e Batalhão Ambiental mandaram seus servidores para dar suporte ao MPE na FPI.

Edivaldo Junior

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Redação

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