Governo deve ‘fatiar’ reajuste do IPCA para servidores

Governo deve ‘fatiar’ reajuste do IPCA para servidores

Enfrentando de um lado o ‘caixa apertado’, por conta da frustração de receitas, e do outro a pressão dos servidores públicos que ameaçam entrar em greve a partir do próximo dia 10, o governo do estado deve apostar numa solução salomônica para resolver o “imbróglio” em torno do reajuste salarial do funcionalismo.

A seu favor, Renan Filho repete o mantra que virou “programa de governo” na gestão de Téo Vilela: “com o limite da LRF ultrapassado, o estado está proibido legalmente de dar reajustes”. Não é só a LRF.

O estado também alega dificuldades financeiras. “A prioridade é garantir o pagamento. Não adianta dar reajuste e não pagar”, costuma repetir Christian Teixeira, secretário da Seplag.

E é ele, Teixeira, que está encarregado de encontrar uma alternativa, junto com George Santoro, para “baixar a temperatura” do funcionalismo.

No próximo dia 10 o governador apresenta sim uma proposta de reajuste salarial. Mas que ninguém espere  a reposição do IPCA de uma “só tacada”.

A tendência – anote– é o estado oferecer um percentual menor (entre 2,5%  e 5%) e propor o fatiamento do reajuste em duas ou três parcelas, assim como aconteceu com os militares.

Impacto de R$ 12 milhões

O que os sindicatos que representam o funcionalismo defendem é a manutenção da política salarial do governo anterior: correção salarial anual com base no IPCA.

Nesse caso, o reajuste seria de 6,4% em maio, com impacto de R$ 12 milhões mensais, sendo R$ 7 milhões para funcionários da ativa e R$ 5 milhões para aposentados e pensionistas.

Além disso, o governo tem somado um impacto mensal cumulativo de R$ 100 mil da progressão da Polícia Civil e vai absorver o impacto do aumento dos militares que passa a vigorar a partir do próximo mês de julho, que será de mais R$ 4 milhões (afora os R$ 3 milhões) retroativos a janeiro deste ano.

Existe ou não dinheiro em caixa para “bancar” esses reajustes? A CUT diz que sim, o governo diz que não. No próximo dia 10 vamos saber quem “vence” essa queda de braços.

EJ

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Redação

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