Relatório final indica causas e impactos da mancha nas águas do São Francisco

Relatório final indica causas e impactos da mancha nas águas do São Francisco

A situação da mancha na região dos cânions do rio São Francisco será novamente debatida a partir das 14h desta quinta-feira (23), no hotel Atlantic Suítes, em Maceió.

Durante a reunião, organizada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) deverá apresentar o relatório final do trabalho de fiscalização e análises das amostras coletadas. Os Ministérios Público Estadual e Federal também devem participar do encontro.

O monitoramento tem sido feito pelo órgão desde o dia 10 deste mês, após o recebimento de diversas denúncias de moradores da região. No último dia 17, apresentou os resultados preliminares e o indicativo de que a mancha, que chega a 34km de extensão, seria causada pela proliferação de microalgas fitoplanctônicas, também encontradas em cistos de sedimentos de fundo de barragens.

Na ocasião, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou também que está solicitando o ressarcimento de R$ 500 mil da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), pelas perdas durante os oito dias em que o abastecimento de água foi interrompido para nove municípios daquela região.

Isso porque, segundo informações do diretor de Monitoramento e Fiscalização do IMA, Ermi Ferrari, as evidências indicam que o esvaziamento de um reservatório da Usina de Paulo Afonso, feito pela Chesf com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Pernambuco, seria a única operação que poderia ter causado o problema.

Durante a operação, cerca de 80% de 26 milhões de metros cúbicos da água armazenada no reservatório foram liberados com o esvaziamento, liberando também grande quantidade de sedimentos.

Agência Alagoas

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Redação

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