Renan Filho vai ajudar fornecedores a ‘cobrar dívidas’ de usinas em Alagoas

Renan Filho vai ajudar fornecedores a ‘cobrar dívidas’ de usinas em Alagoas

As dificuldades financeiras das usinas de Alagoas teriam começado, segundo os empresários do setor, com a crise mundial de 2008. A partir de 2012, com a seca – a maior em cinco décadas – e a falta de competitividade do etanol ante a gasolina, a situação se agravou, levando a desativação pelo quatro das 24 usinas do estado.

Em meio a esse cenário algumas usinas passaram a atrasar pagamentos dos fornecedores de cana-de-açúcar. Para tentar reverter a situação, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana) recorreu a Renan Filho.

Lourenço Lopes pediu ao governador que o estado só libere incentivos de etanol para indústrias que estiverem em dia com o pagamento aos fornecedores: “Pedimos ao governador que se esse incentivo só seja dado, de for dado, para as usinas que estiverem em dia com o fornecedor”, aponta.

Lopes não especificou valores, mas adiantou que  mais da metade dos fornecedores tem crédito nas usinas do estado. “Por conta disso muitos fornecedores estão em dificuldades, sem poder honrar com seus compromissos”, aponta.

Renan Filho prometeu audar: “algumas usinas esmagam a cana, comercializam e recebem o pagamento pelo produto, mas não repassam o pagamento aos fornecedores. Se puder vou ajudar sim”,  diz.

O governador diz que vai discutir as demandas da Asplana com a Secretaria da Fazenda: “os fornecedores também pediram a volta do crédito presumido, que foi criado no governo Mano (Manoel Gomes de Barros, em 1997). Vamos avaliar se é possível. Meu interesse é ajudar o fornecedor”, aponta.

A assessoria da Asplana distribuiu texto sobre a reunião da diretoria da Asplana com o governador. Veja:

Asplana pede a Renan Filho o retorno do crédito presumido

Em audiência realizada nesta terça-feira,14, com o governador Renan Filho, o presidente da Asplana, Lourenço Lopes, solicitou ao chefe do executivo alagoano o retorno do crédito presumido.

No encontro, foi entregue um documento relatando as dificuldades financeiras que atravessam o setor canavieiro e reivindicando a regularização da Lei nº 6.320 de julho de 2002, que trata da liberação do recurso por parte do governo estadual.

No documento, também consta a autorização para que a Seapa possa celebrar junto a Asplana um convênio específico de R$ 11 milhões valor este referente ao crédito presumido devido referente à safra 13/14.

O pagamento anual realizado pelo Governo do Estado – correspondente a 2% do preço da tonelada da cana é utilizado pelos fornecedores para a compra de insumos agrícolas.

“O governador se comprometeu em fazer uma análise detalhada da proposta junto com a equipe da Secretaria da Fazenda, verificando a possibilidade da liberação dos recursos pleiteados no crédito presumido com fator limitante de até dez mil toneladas de cana. Desta forma, será feito um estudo do impacto financeiro”, afirmou Lopes.

Segundo ele, na audiência realizada no Palácio República dos Palmares e que contou com a presença de demais diretores da Asplana, também foi relatado o atraso no pagamento das usinas aos fornecedores pela cana.

“O governador também vai estudar uma forma de nos ajudar ao tentar condicionar algum benefício as usinas, a exemplo de uma possível redução do valor cobrado no ICMS do etanol, a regularidade no pagamento da empresa junto ao fornecedor de cana. Foi uma reunião muito positiva, onde Renan Filho destacou a importância do setor canavieiro para a economia alagoana”, reforçou Lopes.

De acordo com o presidente da Asplana, Renan Filho também se comprometeu em pleitear junto ao governo federal a agilidade na liberação dos recursos para o pagamento da subvenção da cana.

“Nesta quarta-feira, ele participará de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e demais governadores do Nordeste, em Brasília, onde o atraso no pagamento da subvenção será uma dos itens que será discutido na reunião”, finalizou Lopes.

 

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Redação

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