Um em cada três PMs de Alagoas vai se ‘aposentar’ até 2016

Um em cada três PMs de Alagoas vai se ‘aposentar’ até 2016

Renan Filho tem uma “batata muito quente”  nas mãos. Durante encontro com empresários, na quinta-feira 9, o governador revelou que até o final de 2016 cerca de 2.500 policiais militares vão “se aposentar” (entrar para a reserva remunerada).

O efetivo da PM de Alagoas, hoje, é de cerca de 7,5 mil homens. Na prática significa que de cada três policiais que estão na ativa, hoje, apenas dois vão continuar na corporação em 2017. Até o final do próximo ano um terço dos PMs vai pendurar as ‘chuteiras’.

E porque a batata é tão quente assim? Não seria se o governo tivesse dinheiro para contratar novos PMs. Não tem hoje e com a crise do jeito que está no país, é provável que o Estado não tenha como reforçar o efetivo da PM em menos de três ou quatro anos.

Não é só falta de dinheiro em caixa. O governo também não pode contratar porque o estado ultrapassou o limite máximo de gastos com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal – a LRF.

Assim, Alagoas corre o risco – literalmente – de ver seu efetivo policial militar reduzido a 5 mil homens. Hoje, considerando todo o efetivo (Civil, CBM e PM) o efeito é de cerca de 10,5 mil servidores, o que daria um policial para cada 330 habitantes (a ONU recomenda um para cada 250 habitantes).

Mas essa proporção deve mudar rapidamente até o final de 2016, quando um terço dos servidores hoje na ativa estão aposentados  – a regra vale em geral para todas as categorias. Com isso, o efetivo policial do Estado será reduzido para cerca de 7 mil servidores e a proporção será de um policial para cada 470 habitantes.

Para o governador o desafio é, literalmente, em dose dupla. Renan Filho priorizou a redução da violência como prioridade das prioridades de sua gestão. A redução da taxa de homicídios é um dos principais feitos dos sues primeiros 100 dias à frente do governo.

Para combater o crime de frente ele vai precisar não só assegurar dinheiro para pagar os novos policiais, mas também terá de encontrar um caminho para “driblar” a LRF, que proíbe a contratação de novos servidores – ao menos por enquanto. EJ

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Redação

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