Crise financeira e LRF impedem estado de contratar pessoal, diz Renan Filho

Crise financeira e LRF impedem estado de contratar pessoal, diz Renan Filho

Ao falar com empresários na Federação das Indústrias de Alagoas, Renan Filho traçou um cenário   pouco animador do estado que encontrou como governador, a partir de janeiro deste ano. Para ele, será preciso encarar grandes desafios e cortar mais e mais e mais…

“Nosso desafio é muito grande. O momento econômico é muito duro, é difícil. A  gente teve o final do ano passado com crescimento zero e inflação baixa. Esse ano, agora, o crescimento é baixo e a inflação é a alta. Além disso, o governo tem a necessidade de fazer superávit. De 0,6 abaixo no ano passado para um superávit positivo de 1,2. Isso é mais grave do que no ano passado, que não teve de fazer o superávit. De forma que o governo gastou ali e esse ano não tem mais incentivos”, explicou.

De acordo com o governador, “esse é o cenário negativo, atrapalha a arrecadação, atrapalha os investimentos públicos, privados, municipais, estaduais e federais. Isso coloca mais responsabilidade no nosso planejamento, para que a gente utilize bem o pouco recurso que tem”.

Renan Filho lembra que “herdou” um estado ainda pior do que seus antecessores: “Eu tenho dito sempre por onde ando, que Alagoas sempre foi um estado com muitas dificuldades, dificuldades financeiras, dificuldades sociais várias, mas o Estado nunca foi entregue a um sucessor com o nível de comprometimento que Alagoas tem hoje da sua receita corrente líquida com coisas fixas”.

O governador continua: “Quando a soma o comprometimento com folha, que foi entregue para nós com 49,71% . Eu fui o primeiro governador que recebi Alagoas, depois da adoção da lei de responsabilidade fiscal no governo Fernando Henrique Cardoso, com o limite máximo instalado. Nunca um governador tinha recebido o estado com o limite máximo instalado”.

E vai além: “Mas nós recebemos com mais dificuldades porque a cada ano se aprofunda o déficit previdenciário. Só esse ano, dentro desse ano e meio vão se aposentar 2,5 mil policiais militares que é a principal folha do estado.  Ao mesmo tempo que o estado está com o limite máximo da LRF  estourado, ou seja, impede contratação e está financeiramente num momento difícil.

O caminho para enfrentar a crise, avisa Renan Filho, é cortar despesas e gastar com mais eficiência. “Temos que gastar melhor, economizar, cortar despesas duramente… eu sofro muito mais pressão interna de governo, do servidor e cargo comissionado, do que na sociedade. Quando eu ando nas ruas aas pessoas dizem que é isso, que o caminho é esse. Porque se não  tem recurso de outra frente ou a gente arruma de onde tira ou fecha as portas. Chega um ponto que não tem jeito”.

Renan Filho acena, no entanto, com uma luz no fim do túnel: “o que acho é que estamos construindo algumas saídas para fechar as contas do ano, para fazer investimentos e para preparar Alagoas pro futuro… se nós não vamos ter o volume de recursos que em outro momento o estado teve, nós temos que ter mais eficiência, temos que escolher melhor o investimento para que ele prepare melhor o estado para o futuro”, enfatiza. EJ

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Redação

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