Com apenas três meses de governo Renan Filho ainda tem “crédito” nos meios políticos e nas ruas. O governador tem, como todos tiveram, um prazo de “tolerância” por conta dos ajustes iniciais de uma nova gestão.
Mas quem trafega pelos bastidores da política alagoana sabe que a paciência de muitos políticos já está se esgotando. Na bancada federal alguns deputados já se manifestaram até publicamente, cobrando o governador mais “agilidade”.
Na Assembleia Legislativa nenhuma voz crítica ao governo, além de Rodrigo Cunha (PSDB), foi ouvida até agora. A situação no Legislativo, aliás, é sui generis. Ninguém sabe, passados mais de dois meses do começo da atual legislatura, qual o tamanho da bancada do governo.
“A bancada será do tamanho que o governador quiser”, me disse um experiente parlamentar.
O problema é que até agora o governador ainda não definiu com quantos dos 27 deputados quer, de fato, trabalhar, emenda o deputado: “talvez, agora, quando os vetos serão apreciados seja um bom momento para essa definição”, aponta.
É nesse cenário que o Legislativo vai apreciar o veto parcial de Renan Filho na lei que regulamenta a 17ª Vara.
Muitos parlamentares, como se sabe, se sentem incomodados por “questões de foro íntimo” com o poder de atuação da 17ª e por isso colocaram emendas na lei limitando seu poder de investigação no setor público.
Hoje o cenário é de incertezas e indefinições. Mas é pouco provável que o veto do governador seja mantido por “unanimidade”, assim como ocorreu com a votação de outras matérias de interesse do governo.
Quem conhece a Casa de Tavares Bastos sabe que a votação do veto, se não houver entendimento antes, será marcada por polêmicas e fortes emoções e com resultados imprevisíveis. EJ