A Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) interditou, na segunda-feira (6), um hipermercado na Gruta. O motivo da ação foi o crime ambiental que tem sido cometido pelo estabelecimento há cerca de quatro anos, quando começou a ser feito o monitoramento. No mês de março, foi comprovado o lançamento de efluentes sem tratamento em uma Área de Proteção Permanente (APP).
As amostras da água que eram lançadas na APP comprovaram números expressivos de coliformes fecais acima do permitido. “A coleta da água é mais uma amostra do crime ambiental causado pelo estabelecimento, lançando os dejetos sem tratamento na área de proteção”, disse o coordenador de Fiscalização da Sempma, José Soares.
O hipermercado também vinha buscando a renovação da licença ambiental de operação, mas sempre emperrava por não apresentar a documentação da sua unidade de tratamento. Na defesa prévia emitida pelos representantes do estabelecimento, no mês passado, à Sempma, eles confirmaram o descarte dos resíduos líquidos de forma irregular, sob alegação de uma das peças da unidade estar danificada.
“A defesa do supermercado alegou conhecer que cometeu crime ambiental na ocasião por conta de um problema que, conforme análise técnica, não justificaria o crime, pois outros métodos poderiam ser utilizados para encontrar a solução do problema”, explicou o assessor jurídico da Sempma, Hugo Felipe.
A interdição é por prazo indeterminado, e a multa é de aproximadamente R$ 60 mil. O Ministério Público Estadual foi informado sobre a ação que o órgão municipal iria executar nesta segunda. Segundo o secretário de Proteção ao Meio Ambiente, David Maia, o MPE também deverá chamar os representantes do hipermercado para serem ouvidos.
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Ascom Sempma
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