A ‘queda de braços’ entre o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros e a presidente da República, Dilma Rousseff, terá repercussões em Alagoas, terra do senador. Quanto a isso não há dúvidas.
Mas o efeito pode ser diferente do que vem sendo especulado (seria desejado?) por muitos. Ao contrário de fechar os cofres e portas para o governo de Alagoas em Brasília, a ‘briga’ entre Renan Calheiros e Dilma Rousseff pode ajudar mais do que atrapalhar o governador Renan Filho, do PMDB.
Nas duas vezes em que foi a Brasília este ano, já como governador, Renan Filho foi muito bem recebido não só pela presidente Dilma Rousseff, mas especialmente por seus ministros. E quando falo em ser ‘bem recebido’, não me refiro apenas aos ‘tapinhas nas costas’ e a um cafezinho quente.
Um importante político do estado diz que ficou impressionado com a atenção que o governador vem recebendo nos ministérios: “é realmente um tratamento diferenciado”, pondera.
O governo Renan Filho já conseguiu receber recursos de mais de R$ 140 milhões de convênios federais este ano trabalha a passos largos para lançar obras que dependem de convênios com o governo Dilma Rousseff, a exemplo da duplicação da Alagoas 101 Norte.
O governador prefere não entrar no mérito na ‘briga’. Quando alguém o aborda sobre isso, ele lembra que é governador e que como tal precisa ter uma interlocução com o governo federal independente da relação entre o pai dele, como presidente do Senado, e a presidente Dilma Rousseff. EJ