Reativação de fábrica da Camila une setor público e privado em AL

Reativação de fábrica da Camila une setor público e privado em AL

Durante décadas a Camila foi um símbolo de produtividade, geração de riquezas e distribuição de renda no sertão de Alagoas. A indústria, que pertencia a uma cooperativa de produtores, foi fechada, há seis anos por má gestão e deixou uma “lacuna” no setor leiteiro de Alagoas.

Sem grandes indústrias no estado, alguns produtores de leite tem dificuldade de escoamento da produção.

Nos últimos dois meses, produtores que estão fora do programa do leite, do  governo, que absorve apenas 15% da volume produzido no estado, estão tendo que entregar o produto por um preço abaixo do custo de produção.

O problema é apenas de mercado. A atividade leiteira tem picos de alta produção no país, afetando a atividade em todas as regiões. A melhor alternativa para evitar perdas é “estocar” a produção, o que no caso do leite o mais viável seria fabricação do leite em pó.,

“A Camila era a única fábrica de leite em pó de Alagoas. Ela ajudava a regular o mercado, protegendo o produtor alagoano e a atividade leiteira local. Com seu fechamento a cadeia produtiva ficou fragilizada”, explica o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, que lidera um movimento pela reativação da indústria.

O projeto de reabertura da Camila vem ganhando força. Além do setor produtivo rural, a iniciativa, coordenada pela CPLA, ganhou o apoio do setor público.

A bancada federal do Estado, especialmente o deputado federal Givaldo Carimbão (PROS/AL) tem trabalhado para conseguir recursos para a modernização da indústria. A Assembleia Legislativa do Estado, sob o comando do presidente Luiz Dantas, também entrou no processo para somar.

O governador Renan Filho também anunciou, ontem, que vai pedir a ampliação do programa do leite.  A posição do governador foi anunciada depois que o presidente da CPLA e o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, fizeram a apresentação do projeto de reabertura da fábrica ao secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias.

“Nós apresentamos ao governo uma proposta que viabiliza a indústria. Pedimos o aumento de 50% no programa do leite, que passaria de 80 mil para 120 mil litros dia. Com isso a CPLA garante a viabilidade econômica para reabertura imediata da Camila”, aponta Aldemar.

A Assessoria da CPLA distribuiu texto sobre reunião com Fábio Farias. Veja:

“O apoio do governo para ativar a Unidade de Beneficiamento do Leite, antigo parque industrial da Camila, em Batalha, se tornou essencial para dar novos rumos a atividade leiteira alagoana. 

Nesta quinta-feira ,26,  o presidente da CPLA liderou um grupo de diretores da cooperativa em visita ao secretário-chefe do Gabinete Civil, Fábio Fárias. Um pleito para ampliação do Programa Social do Leite para 120 mil litros de leite/dia foi entregue ao secretário, com a esperança de ser aprovado pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS).

Segundo Aldemar Monteiro a abertura da fábrica passa pela ampliação do programa. “Alagoas é um estado que depende da atividade leiteira, acredito no compromisso do governo junto com o MDS. A 1ª fase do projeto é a reabertura imediata da fábrica e o caminho se chama Programa do Leite”, declarou Aldemar.

O secretário Fábio Farias se dispôs a articular com o governador Renan Filho estudo para viabilizar ampliação do programa do leite e abertura da fábrica junto ao Fecoep. “O estado tem todo interesse em incentivar atividades produtivas que atenda também a vertente social”, respaldou Fábio.

Apoiando a iniciativa, o presidente da Faeal, Alvaro Almeida representou o setor produtivo na reunião: “o governo do estado é um importante parceiro nesse momento”.

Author Description

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

Sem Comentários ainda.

Participe do debate