‘Santo de casa’: Indústrias de AL enfrentam concorrência desleal no próprio estado

‘Santo de casa’: Indústrias de AL enfrentam concorrência desleal no próprio estado

Indústrias instaladas em Alagoas com atuação em vários enfrentam, especialmente de alimentos, enfrentam dificuldades para escoar a produção no próprio estado.

As grandes redes – especialmente Walmart e Extra – dificultam ao máximo: “eles só pagam depois de 60 dias, exigem que mesmo as pequenas empresas coloquem no mínimo quatro promotores por loja e ainda cobram caro para cadastrar novos produtos, isso quando cadastram”, desabafa um empresário do setor de condimentos.

Não é só. Alguns setores também enfrentam concorrência ‘patrocinada’ pelo próprio estado. Leite, ovos, frangos, cuscuz e condimentos produzidos  aqui tem carga tributária superior a de produtos fabricados em outros estados, reclama o diretor de uma indústria de Arapiraca.

“Para entrar na Paraiba pagamos um imposto duas vezes maior do que as empresas paraibanas que são nossos concorrentes diretos pagam para entrar em Alagoas”, reclama o diretor.

No setor do leite a situação é semelhante. “O leite industrializado aqui paga mais impostos do que o leite que vem de outros estados. Esperamos que o governo corrija essa situação, que prejudica nossa competitividade”, aponta o presidente do Sileal, Arthur Vasconcelos.

Alagoas é um grande produtor de açúcar e leite. Mas quem vai aos supermercados das grandes redes tem dificuldades em encontrar produtos ‘made in Alagoas’. As indústrias do setor de alimentos vão relatar esses e outros problemas num encontro com o secretário da Fazenda, George Santoro, amanhã a tarde.

“Eles tiraram o setor de compras daqui. A empresa que quiser vender para Maceió terá que negociar com a central em São Paulo ou no Recife”, desabafa um empresário.

O que Santoro vai dizer a os empresários: “vamos mudar essa situação. O que for produzido em Alagoas terá prioridade. Vamos estimular a produção local”, adianta o secretário da Fazenda. EJ

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Redação

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