O Senado aprovou nessa semana o fim de coligações partidárias para eleições proporcionais – de deputados federais, estaduais e vereadores.
A mudança na regra vai mexer com as próximas eleições e deve beneficiar os maiores partidos.
No caso de Alagoas a mudança deve afetar as estratégias de filiação partidária. Pequenos partidos perdem o poder de atração, pois não conseguirão mais eleger nenhum candidato – nem mesmo a vereador.
Se essa regra estivesse em vigor em 2014 nenhum dos atuais deputados federais teria sido eleito. Muitos deputados estaduais, caso de Galba Novais, Francisco Tenório e Carimbão Junior, não teriam sido eleitos.
Nova regra, novo jogo. Cabe ressaltar que a PEC que acaba com as coligações ainda vai precisar ser votada em segundo turno. Nada que ameace sua aprovação – ao menos no Senado. Na votação esta terça-feira a PEC teve 61 votos a favor, 7 contra e 2 abstenções.
A proposta, do ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP), foi aprovado em primeiro turno. Agora, terá de ser discutido novamente em plenário em três sessões para ser submetido a nova votação. Caso seja aprovado em segundo turno, seguirá para análise do plenário da Câmara dos Deputados.
A proposta prevê o fim das coligações em eleições proporcionais, ou seja, a aliança de partidos será permitida somente nas eleições majoritárias – para presidente, governadores e senadores.
“A medida contribuirá para o fortalecimento dos partidos políticos e para a transparência na representação política, já que, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, o voto dado no candidato de um determinado partido não poderá contribuir para a eleição de candidato de outra agremiação”, afirma o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). EJ
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