Passados sete meses do início da safra 14/15, a Asplana avalia que apenas sete milhões de toneladas de cana beneficiadas neste ciclo serão de fornecedores independentes. A entidade, que representa 7.500 produtores rurais, alerta ainda que parte da cana vai permanecer no campo, sem ser colhida.
“Há um excesso de produção por falta das usinas. Quatro delas fecharam em Alagoas. Com isso, o fornecedor não tem onde entregar a cana”, afirmou o diretor Técnico da Asplana, Antonio Rosário.
Segundo ele, as usinas estão moendo apenas cana própria e se comprometeram em receber a produção dos fornecedores que já trabalhavam com elas em ciclos anteriores. “Mas, os produtores que operavam com outras usinas que não funcionam mais, não têm como ser atendidos”, reforçou Rosário.
De acordo com o diretor da Asplana, além deste impasse, outro problema está no atraso no pagamento da cana entregue pelos fornecedores as usinas. “Com estes atrasos de pagamento, o produtor fica descapitalizado e sem condições de limpar, adubar e renovar o canavial. Com isso, temos a certeza de que o canavial em Alagoas vai diminuir com o fornecedor dando lugar ao milho e pecuária para poder sobreviver”, finalizou Rosário.
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