Um levantamento que chegou ao Palácio dos Palmares, na última sexta-feira,20, aponta para a devolução, até aquela data, de 150 carros locados que estavam a disposição do estado.
Os números impressionam pelo volume: em média foram devolvidos três carros por dia ou quase cinco se considerados os números de dias úteis.
O governador aprovou o resultado do balanço. Para Renan Filho, a devolução dos veículos é uma demonstração de que os secretários entenderam a mensagem do governo: fazer mais com menos.
A orientação, avisa o governador, é cortar apenas onde é possível: “apesar da devolução de um grande número de carros locados, não diminuímos nenhuma viatura na polícia. Ao contrário. Essa economia nos dará condições até de aumentar, se necessário o número de veículos à disposição da área de segurança”, explica.
O secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, explica que entre os carros devolvidos, tinham veículos desde automóveis mais simples, como o Pálio, até modelos mais caros, como a Amarok: “os preços praticados aqui, pelo que vimos, estão bem acima de valores praticados, por exemplo, em estados como Minas Gerais. O valor varia de modelo a modelo”.
Somente na Seplag, Christian devolveu 14 veículos de uma frota que tinha 22 carros locados. “Fizemos isso sem prejuízo do Estado. A secretaria continua funcionando muito bem, sem esses carros. Essa é a regra. Cortar, mas sem prejudicar o funcionamento do órgão”, aponta.
Austeridade, para começar
De acordo com Christian, boa parte da população não entende a dureza de algumas medidas adotadas agora – é o caso, por exemplo do corte em um contrato com empresa de vigilantes na Educação, que gerou protestos de vigilantes. Mais na frente, assegura o secretário, as pessoas vão entender que decisões como essa são necessárias no inicio da gestão.
“Se não adotar a austeridade agora, o governo corre o risco de perder o controle. Devolvemos 150 veículos e está tudo funcionando do mesmo jeito”, aponta.
Para o secretário, a austeridade no começo do governo é o único caminho para melhorar a qualidade de vida da população e para atender o servidor público. “Para melhorar salários e a qualidade do serviço público, precisamos gastar com mais eficiência e arrecadar mais”, aponta. EJ