Mesmo com a força tarefa montada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para mobilizar a sociedade, prestar assistência técnica e logística aos municípios e combater o mosquito Aedes aegypti no Sertão, quatro dos 102 municípios alagoanos estão em epidemia de dengue. Segundo o último Boletim Epidemiológico, divulgado nesta sexta-feira (13), Major Izidoro, Mata Grande, Ouro Branco e Inhapi apresentam uma incidência igual ou superior a 300 casos por 100 mil habitantes.
Os dados tabulados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesau apontam que o município de Major Izidoro apresenta a maior incidência da doença, com uma taxa de 1.593 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida aparece Mata Grande com 1.073, Ouro Branco com 733 e, na quarta colocação do ranking, surge o município de Inhapi, com uma taxa de incidência equivalente a 352.
Ainda de acordo com os números divulgados pela Sesau, os municípios de Maravilha, Anadia e Junqueiro estão em situação de alerta. Isso porque, as três cidades estão com uma incidência maior que 100 casos e menor que 300 por cada 100 mil habitantes. Outro dado preocupante, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, é o fato de 30 municípios alagoanos apresentarem índice de infestação predial acima de 3%, o que caracteriza risco de surto de dengue.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau revelou, ainda, que outros 36 municípios alagoanos estão em situação de alerta, apresentando índice de infestação predial que varia entre 1% a 3%.
“Outros 34 municípios apresentam situação satisfatória e, apenas dois, não prestaram informações à Sesau, o que pode mascarar a real situação de risco para dengue nestes municípios”, pontuou Cleide Moreira.
Alerta geral
O preocupante, segundo Cleide Moreira, é que os quatro municípios em epidemia de dengue estão localizados no Sertão do Estado. “Essa situação mostra que é necessária uma atuação contundente das prefeituras, visando diminuir a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Para isso, é importante garantir o recolhimento e destino final do lixo urbano, a limpeza de terrenos baldios, de praças e cemitérios e a fiscalização de borracharias para que não deixem ao relento pneus usados”, recomendou.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau chamou a atenção da população para atuar na luta contra a dengue. “Toda ação do poder público poderá vir a ser ineficaz se não houver o comprometimento de todos para a eliminação de criadouros dentro de suas residências, jardins e quintais. Também é importante ressaltar que deve haver o adequado armazenamento da água de consumo e a eliminação de recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do mosquito”, alertou.
Sintomas da Doença
Quanto aos sintomas da doença, Cleide Moreira informou que, ao sinal de febre aguda com duração de até sete dias, acompanhada de dor na cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde.
Agência Alagoas
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