Profissionalização da agricultura familiar passa por inserção de novas tecnologias e parcerias

Reunião, nesta segunda-feira (9), discutiu o fortalecimento da cadeia da fruticultura
Profissionalização da agricultura familiar passa por inserção de novas tecnologias e parcerias

A profissionalização da agricultura familiar, com inserção de novas tecnologias de produção, e acima de tudo, acesso às informações referentes à certificação, foi o tema do debate sobre o fortalecimento da cadeia da fruticultura em Alagoas, realizada na segunda-feira (9), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal). A discussão foi conduzida pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa).

Para o titular da pasta, Álvaro Vasconcelos, a integração e as parcerias firmadas entre as entidades representativas dos produtores, os poderes públicos (estadual e federal) e a pesquisa são iniciativas fundamentais para o incremento do setor em Alagoas. “A aptidão natural das regiões da mata alagoana, que se destaca com a produção de laranja lima, e da região Agreste, com a produção do abacaxi e pinha, mostra que não há segredo quando se existe dedicação associada à integração de diversas políticas públicas”, destacou.

No debate, foram levantados desafios como assistência técnica para uma produção mais eficiente, ações de combate a pragas e doenças, o beneficiamento e a abertura de canais de comercialização. O presidente da Cooperativa de Produtores de Laranja Lima do Vale do Mundaú, Antônio Carlos Souza, declarou que ficou bastante satisfeito com a abertura do diálogo junto ao poder público.

“A agricultura familiar requer uma atenção especial. Trabalhamos com a inclusão produtiva e com a transformação social. Em Santana do Mundaú, a produção da laranja mudou a vida de muitas famílias, mas sabemos que com investimentos em irrigação podemos produzir mais. Só com o apoio do poder público e das tecnologias podemos qualificar ainda mais nossos produtos”, afirmou Antônio Carlos Souza.

Arranjos Produtivos

A produção de frutas, em Alagoas, está organizada por meio dos Arranjos Produtivos Locais (APLs). De acordo com a gestora do APL Fruticultura no Vale do Mundaú, Valdelane Tenório, o encontro desta segunda-feira foi bastante positivo. “Nossa agricultura precisa de um olhar diferenciado, com assistência, acompanhamento, espaço para comercializar e uma infraestrutura. Por meio de reuniões como essa, podemos expressar nossas necessidades”, completa.

O APL Fruticultura no Vale do Mundaú fornece assistência para mais de mil produtores. A região onde é desenvolvida a atividade conta com duas fábricas, uma delas voltada ao beneficiamento de frutas, com produção totalmente orgânica, a outra destinada à fabricação de sucos. O território onde o arranjo está inserido é o sexto maior produtor de laranja lima do país.

O APL Fruticultura no Agreste também exerce papel fundamental na vida dos produtores rurais, abrangendo os municípios de Arapiraca, Coité do Nóia, Estrela de Alagoas, Igaci, Limoeiro de Anadia, Palmeira dos Índios e Taquarana. O grupo tem no cultivo da pinha, caju e abacaxi, a principal fonte de renda para centenas de famílias.

Os Arranjos Produtivos Locais Fruticultura no Vale do Mundaú e Fruticultura no Agreste integram o Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, em parceria com o Sebrae/AL.


Agência Alagoas

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Redação

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